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Eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco sem parentes importantes e vindo do interior...
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sexta-feira, agosto 25, 2006

Assim não "tá beleza" não!

Começou a campanha eleitoral há uma semana. Por mais que a propaganda eleitoral obrigatória seja um instrumento democrático de acesso aos meios de comunicação (nos EUA, só pode colocar propaganda na TV e rádio comprando o espaço, fato que certamente torna as campanhas eleitorais ainda mais caras e concentradoras de poder), ela não deixa de ser profundamente enfadonha.

A começar, é um desfile de bravatas e frases de efeito sem qualquer conexão com a realidade. Assim, um candidato fala em, como deputado, "criar o Sindicato dos Policiais Militares". Um ilustre desconhecido pede o voto daqueles que testemunharam sua "dura luta contra o propinoduto". Colegas de partido dos indiciados no escândalo das ambulâncias, Edir Oliveira (PTB) e Érico Ribeiro (PP), estufam o peito para se dizerem "cansados de mensaleiros e sanguessugas", terminando por pedir voto para si (e seus partidos, por conseqüência) podendo, no cálculo da proporcionalidade, estar reconduzindo exatamente esses correligionários suspeitos à Câmara Federal. Até personagens do folclore, como o Gaúcho da Copa (uma caricatura de gaúcho que acompanhou copas do mundo com a Seleção e viagens internacionais do Grêmio na década de 90) aparecem como candidatos, dando perspectivas de que, se houver renovação na Câmara, ela pode ser para pior.

Em meio a esse festival de demagogia e fanfarronice, ficamos constrangidos de sentir qualquer choque com o que quer que se ouça, por mais absurdo que possa ser. Mas qualquer pessoa que tem critério acaba, lá pelas tantas, se sentindo ferida. Especialmente pelo fato de que o nosso grau de exigência deve ser maior tanto mais o autor dos absurdos seja alguém que busca se constituir como voz de credibilidade. Mais ainda quando sabemos que esse alguém tem grandes chances de obter um mandato eletivo.

Assim, não se pode exigir que o Gaúcho da Copa apresente um projeto de país. Mas se deve esperar e exigir que a Manuela (PCdoB) defenda o projeto de seu partido com argumentos verdadeiros. E quando isso não acontece, devemos ter o direito do choque, sim!

No dia 22 de Agosto, Manuela, em sua inserção no horário eleitoral no rádio, disse - logo depois do bordão "E aí, beleza?" (que se tornou sua marca desde a bem sucedida eleição de 2004, quando se tornou vereadora de Porto Alegre) -, em uma terceira pessoa do plural que pretendia referir ao seu partido e ao Governo de Lula que "criamos quatro milhões de empregos e rompemos com o FMI".

Não é nosso objetivo tratar da primeira parte das afirmações da Vereadora, nem fazer balanço do Governo Lula, em suas realizações e nos seus erros graves. O que quero é falar sobre a segunda parte.

Dizer que o Governo Lula rompeu com o FMI é uma mentira. Grosseira. Nunca se pagou de forma tão religiosa a dívida brasileira. Nunca se cumpriu de forma tão cristalina as recomendações exaradas pelo Fundo Monetário Internacional. O superávit gerado pelo Governo durante os anos Palocci ficarão na história brasileira como exemplo de como ser disciplinado em relação aos órgãos internacionais. Nem vamos entrar no debate se isso foi acertado ou não. Eu considero errado, mas tenho pouco conhecimento técnico para dizer o quanto e porque é errado. Os que defendem a reeleição do Lula devem achar certo. Dizer que ele rompeu com o FMI, no entanto, está fora do direito de um lado ou de outro na disputa.

Apesar do pouco conhecimento técnico em economia, sigo tendo a impressão de não ser tapado. Sou "ligado" o suficiente para saber que Manuela foi leviana na afirmação dela no horário eleitoral. E que, disputando apenas sua segunda eleição, ela já não se diferencia de todos os outros que repetem chavões a torto e a direito nos horários eleitorais ao longo dos anos, sem qualquer preocupação em cruzar palavras à realidade.

Dessa forma ela e seu partido abrem mão de politizar a eleição, disputar as consciências trazendo informações verídicas, mobilizando para um padrão renovado de política, como é obrigação de quem é de esquerda, independente da tática para o período. Mas é mais fácil falar frases de efeito e parecer radical. Mesmo não o sendo.

Ao renunciar a um centrismo coerente, o PCdoB resvala para um falso esquerdismo agravado por uma mentira grosseira, que faz com que qualquer pessoa consciente perca o respeito pelo seu novo quadro público, que começa a se mostrar como apenas "mais do mesmo".


:: por Marcio | 13:30




segunda-feira, agosto 21, 2006

Hamlet

Tive ontem o privilégio de assistir à montagem de Hamlet dirigida por Luciano Alabarse, que terá mais uma semana em cartaz no Teatro Renascença, aqui em Porto Alegre.

Alabarse é um dos grandes diretores do teatro gaúcho. O texto dispensa maiores apresentações. A intenção da montagem é ser o mais fiel possível ao original. Para tanto, tem duração de 3 horas, algo quase impensável para o público médio.

Mas essa peça está tendo razoável repercussão. O público ontem não lotava o auditório, mas lhe dava relativa ocupação.

O fato é que é um grande espetáculo. Tem um bom elenco, figurinos apuradíssimos, etc, etc. Mesmo não sendo um frequentador assíduo do teatro porto-alegrense, pelo pouco que já pude ver, essa peça está muito acima da média. É realmente algo excepcional. Assim, recomendaria àqueles(as) que pudessem que aproveitassem ainda os dias em que ela se passará, apesar das dificuldades de acesso ao Renascença, que fica muito mal localizado(se considerando que se sai da peça tarde). Mas pra quem pode se programar de algum modo, estará vendo uma grande peça.


:: por Marcio | 20:21




quinta-feira, agosto 17, 2006

A favor do horário eleitoral

Toda vez que se inicia esses 45 dias de horário eleitoral gratuito no rádio e televisão, é a mesma ladainha: muitos jornalistasque se arrogam muito críticos mas só fazem reproduzir a linha do patrão começam a dar de pau na existência do chamado horário eleitoral gratuito.

Primeiramente, cabe dizer: de gratuíto ele não tem quase nada. As emissoras de rádio e televisão ganham uma compensação tributária bastante interessante para abrir mão de parte de sua programação durante esses parcos 45 dias. Ou seja: ele só é gratuíto, na verdade, para os partidos. Ainda assim, eles acabam gastando bastante para produzir um programa razoavelmente apresentável. Portanto, não é gratuíto para eles também, não.

"Segundamente", cabe referir: não existindo horário eleitoral obrigatório, dividido proporcionalmente entre os partidos de acordo com sua bancada federal, de que forma os candidatos e partidos acessariam os meios de comunicação de massa para passar sua mensagem? Qual a proposta alternativa?

Sim, isso mesmo: copiar o modelo dos EUA. Sabe qual? Quem quiser acessar os meios de comunicação com propaganda compram o tempo, como um comercial qualquer.

Ora bolas, "vamos e venhamos"! Será que a "democracia" estadunidense merece ser copiada? Em especial, ser copiada no que ela tem de mais corrupta, concentradora e excludente?

Nem sei quanto custa um minuto no horário nobre da Globo, mas acredito que seja um custo bem razoável. Assim, teriamos um bombardeio de propaganda dos candidatos endinheirados que, por isso, ganhariam, necessariamente a eleição. Os candidatos que quisessem se eleger para qualquer coisa teriam de gastar ainda mais, arrecadar ainda mais, venderem sua alma ainda mais do que já vendem.

Num momento em que tantos escândalos estouraram exatamente em razão dos altos custos de campanhas eleitorais(ao menos um dos motivos parece ser esse), os cinicos donos de emissoras de rádio vem com essa besteira pra tentar enfiar nas "consciências" de seu público, que geralmente tem pouca informação (até porque só houve suas emissoras cínicas!) e cai fácil no discurso senso-comum.

E assim vem um Macedão (apresentador de programas na Rádio Gaúcha, um sujeito bronco, que beira o fascismo e faz questão de ser raso nas suas opiniões) bancar esse tipo de opinião e fazer o discurso fácil de "bater nos políticos".

Vamos parar de demagogia, senhores jornalistas-que-são-pelegos-do-patrão! O horário eleitoral obrigatório, por mais que seja enojante de ver, chato, etc, etc, é uma das coisas mais democráticas que o sistema eleitoral brasileiro prevê.


:: por Marcio | 17:31








Eu chorei ontem.

Uma das coisas que alimenta a infância de qualquer sujeito é o futebol. E que o mantém lá, a vida toda. Para quem gosta, o futebol dá alegrias que nunca mais vai tirar. É diferente de você sonhar em eleger um sujeito presidente, porque você corre o risco de ter se enganado. Mas um título no futebol não, ele nunca deixará de ser seu.

E o Internacional é o Campeão da Libertadores da América de 2006. Um time que tem um zagueiro chamado Bolívar é campeão da copa que homenageia os Libertadores da América. Nada mais justo. O time do povo do Rio Grande do Sul.

Eu chorei ontem quando saiu o primeiro gol do Inter. Iria sofrer muito ainda até o final, até a certeza. Mas eu chorei porque ali eu me dei conta de que o sonho do menino que tanto sofreu por causa dos sucessivos times ruins estava finalmente vendo tudo ali acontecer. Era, finalmente, campeão.


:: por Marcio | 17:22




segunda-feira, agosto 14, 2006



O filme Reencarnação, que vi há poucos dias, é uma completa forçada de barra.

A película dirigida por Jonathan Glaser e com elenco encabeçado pela sensacional Nicole Kidman parece ser perder no meio do caminho, mas talvez o vício esteja na origem.

Grosso modo: um garoto de 10 anos aparece para a protagonista dizendo ser a reencarnação de seu falecido marido. Anna está prestes a casar pela segunda vez e acaba entrando numa grande confusão diante da "ofensiva" que o garoto Sean empreende em relação a ela, tentando impedir que ela se case para ficar com ele.

O filme causou polêmica pelo fato de em alguns momentos arranhar a pedofilia. Mas sinceramente - não sei se eu sou muito relativista quanto a isso - mas é o de menos. Talvez tenha sido um estratagema do filme pra chamar a atenção.

O fato é que por momentos você vendo o filme imagina que haverá algum desfecho interessante, que aquela piração toda pode ser a manipulação do garoto por alguém ou que, sei lá, o garoto é precoce e inventa uma maneira de tentar pra cima de Anna. Mas nada disso... o filme fecha sem fechar.

E aí de um filme que chega a prometer - até porque tem um bom elenco(o garoto que faz Sean é excelente), boa fotografia, tudo isso - termina sendo uma tremenda perda de tempo. Ruim mesmo.


:: por Marcio | 20:17




terça-feira, agosto 08, 2006

Porque eu voto na Heloísa

Aí do lado tá um banner da Heloísa Helena. É nela que vou votar pra presidente. Quem lê o espaço aqui há algum tempo sabe que fui militante do PT durante 10 anos. Quem olhar lá na memória mais antiga sabe que em 2002 chorei nos dias da eleição ou da posse do Lula. E estamos aí, votando na Heloísa....

Porque o Lula infelizmente fez muito menos do que aquilo que seria razoável que fizesse. Não imaginava que ele fosse fazer a revolução brasileira. Não achava que ele fosse fazer uma profunda reforma agrária ou urbana. Ou que fosse estatizar as empresas privatizadas de forma criminosa durante o governo do Fernando Henrique. Sequer tinha a idéia de que ele iria bater de frente com o sistema financeiro. A sua eleição em 2002 não falava nisso e nenhum sinal indicava que fosse por aí caso fosse eleito. Quem conhecia as coisas mais próximas, como eu à época, sabia que não era a pretensão do PT, sequer, radicalizar.

Mas esperava, como tantos, que Lula fosse ao menos utilizar sua liderança e prestígio tanto popular quanto perante os setores médios e mesmo a elite do país pra liderar um processo de aprofundamento democrático do país, politica e economicamente. Que fosse investir na educação pública, num projeto de desenvolvimento econômico inclusor, fosse antes de mais nada garantir a legislação protetiva já existente, que vinha sendo tão dilapidada nos anos anteriores.

O que tivemos? Uma reforma da previdência cretina, a liberação dos juros legais, a majoração dos juros nominais. Aumento de lucros dos bancos. Negociatas com os piores setores da política tradicional brasileira, redundando nos escândalos que aí estão estourando ou já caindo no esquecimento, como mensalão, sanguessugas e outros tantos pequenos. Dentro do PT, a democracia esgotou, nos seus mais diferentes meios. Tudo se tornou muito pior do que já vinha sendo.

E ai só nos resta tentar tudo de novo...

E ai é que entra o voto em Heloísa Helena.

Não creio que Heloísa possa ganhar a eleição. Não creio sequer que chegue ao segundo turno. Não costumo ser otimista com essas coisas. Não costumo endeusar ninguém. Acho que a minha candidata dá algumas bola-fora, discordo de muitas das coisas que ela diz. Mas é da imperfeição que se avança. A mitificação e acriticidade não nos tem levado a nada.

Votar em Heloísa Helena é começar a alimentar um projeto alternativo de país, é dizer que um governo deve se preocupar em distribuir renda, equilibrar as relações sociais/econômicas, que o Estado brasileiro deve intervir para permitir aos que nada tem tentarem ter algo, no futuro. Eu quero apenas ver, um dia, um governo que cumpra a Constituição de 88 e não a tente retalhar como, aliás, Lula propõe que se faça em seu segundo governo. O cara não se contenta com o que já fez e dá a idéia de uma Constituinte para o ano que vem onde, talvez, com maior liberdade, possa esse Congresso de merda cortar os artigos 5 e 7º da Constituição, que não podem, em circunstâncias normais, serem objeto de emenda, cortando direitos individuais e coletivos fundamentais. Eu não tou falando em socialismo não, apenas em cumprir a Constituição de 88! Que o PT não assinou, à época, por considerar recuada demais, anti-popular! E que agora quer destruir...

Por essas coisas, a candidatura da Heloísa Helena é importante. Será bom para o Brasil que ela faça 10, 15% dos votos e se torne uma alternativa, um contraponto, uma pedra no sapato. Para que talvez possamos ainda sobreviver.... e sonhar...


:: por Marcio | 21:14






Mais um...

Eu fiz 28 ontem. Tenho brincado com os amigos que depois dos 25 eu já evito dizer a idade e não fiz mais festa...

Mas é porque de alguma forma os últimos anos têm sido muito duros pra mim. Talvez esse aniversário coincida com um amadurecimento maior, uma consequencia maior das coisas todas que tenho feito ou fiz muito antes e que agora, de certa forma, tou "pagando". O fato é que estou melhor do que já estive. E tenho certeza de que o melhor ainda está por chegar.

Fora isso, apesar de realmente não haver nenhum grande entusiasmo, é sempre bom receber carinho das pessoas, mensagens que fazem quase-chorar, tudo isso. E se ainda rolarem uns presentes, fecha todas! Agradeço a todos que lembraram e entendo os que não lembraram, até porque eu não costumo divulgar mesmo.

O fato é que é isso... os 30 tão vindo aí....


:: por Marcio | 21:08