quinta-feira, abril 27, 2006
Gota D´Agua
Chico Buarque e Paulo Pontes escreveram, em meados da década de 70, a peça Gota D´Água, que, entre tantas outras, foi proibida pela ditadura, depois de algumas apresentações.
A peça reconta a tragédia clássica de Medéia, adaptada aos dias atuais, numa favela do Rio. Texto belíssimo, ritmado e profundamente crítico, Gota D´Água traz a marca de gênio que Chico põe em tudo. Da profunda crítica social que boa parte de sua obra traz. É um dos grandes textos do teatro brasileiro, certamente. Por mais que pouco conheça de teatro... E mantém total atualidade, mesmo com a "mudança de tempos" desde que a peça foi escrita, há trinta anos.
A edição é recente, pela Civilização Brasileira. Merece uma olhada.
segunda-feira, abril 24, 2006
Política
Quem quiser ver coisas que tenho escrito sobre política, eu tenho dois textos na revista Marxismo Revolucionário Atual que não vou colar aqui porque ficaria completamente fora do espírito desse espaço.
Uma boa viagem...
Poxa, a ida a Pelotas foi boa. Fiz quase tudo que de melhor se pode fazer na vida: sexo, drogas, MPB, comida da mãe, reencontro com amigas, tudo isso. Decididamente, tem sido bom ir, sempre, ultimamente. Creio que os grandes problemas que tinha no passado com a cidade estão superados, na minha identidade. Me sinto bem sempre que vou lá. Aliás, só tenho feito festa lá, nos últimos tempos. Só tenho conhecido gente lá... Creio que as visitas frequentes sejam boas. Claro que custa caro, mas eu vou procurar manter uma média mensal, ao menos...
quinta-feira, abril 20, 2006
A caminho...
Vou a Pelotas no feriado. Queria parar em casa sem tanta obrigação de estudar, de fazer coisas. Mas tenho que ir... tou em débito com a família e com alguns amigos e amigas preciosos. Três dias pra me colocar um pouco em dia com esses débitos.
Ovo Apunhalado
Quando fui assaltado, há dois meses, me levaram a mochila, dois livros e uma parte dos nervos. Como um dos livros era da biblioteca da Unisinos, tive de comprar e restituir à mesma. O outro era O ovo apunhalado, de Caio Fernando Abreu. Tinha comprado naqueles dias, quase como uma homenagem aos 10 anos da morte dele, que então se fazia.
Há alguns dias resolvi comprar de novo, como uma forma de reconstituir as coisas que tinha antes do roubo, uma forma de auto-estima, talvez. E essa semana o li.
Eu por alguns momentos me senti meio tapadinho, sei lá. Já li coisas de Caio que gostei muito e, em especial, que entendi. Mas os contos desse livro são muuuito abstratos, boiei em quase todos. Claro, em quase todos. Ainda assim tive momentos de muito prazer lendo, alguns contos exemplares.
segunda-feira, abril 17, 2006
Corrido
Não tenho postado tanto aqui.
Não que não tenham acontecido coisas... mas estou numa correria grande. Por um defeito do provedor, não tenho acessado alguns sites do trabalho, dentre eles o blogger. Assim, complica também... E eu tenho por princípio não contar coisas que fujam ao propósito discreto desse blog. Minhas eventuais aventuras, por exemplo, não entram aqui. Logo, há poucos assuntos...
Vastas emoções e pensamentos imperfeitos
O título desse romance do Rubem Fonseca é genial. E o texto, em si, talvez alcançe Rubem em um de seus melhores momentos. Há nele a ironia fina que caracteriza seu texto, há o suspense, há a fluidez que faz com que se leia rapidamente, tudo isso.
Mais: Vastas Emoções... é uma grande homenagem de Rubem Fonseca ao romance policial, especialmente aos thriler. Me lembrou muito Dashiel Hammet(Falcão Maltês), pela história que foge ao chavão da história de desvendar um assassinato, apenas, para a construção de um texto em que ninguém é inocente e onde as motivações são muito mais econômicas do que alguma maldade intrínseca de um homem abominável. Bom pra caramba!
segunda-feira, abril 10, 2006
Putz II
E ai que tou querendo recuperar o ânimo dos desestímulos de ontem. Sexta e sábado tive experiências super interessantes, pra desencanar sobre coisas de antes, da minha vida "sentimental". Nada que eu vá contar aqui, mas experiências sobre como levar isso tudo de forma mais sexual, "curtir" mais. Ser banal, ordinário. É isso que na real todos esperam de você...
E do que é mais recente, tou fora. Mesmo. Nem cicatriz tem. Mas não precisa seguir tentando meter a faca, certo? Eu já entendi o suficiente... lamento e não posso fazer nada além disso. Silêncio.
Putz!
Ontem foi um dia pavoroso. E hoje segue o tempo encoberto, por aqui, na minha cabeça.
Meu time perdeu ontem o greNAL. Em casa. Mas isso acontece. Se eu for me estressar com resultado de futebol, por favor...
O que me deixou puto da vida ontem foram outras duas coisas, relacionadas ao jogo:
1) O Beira-Rio estava lotado. 57 mil pessoas. Dai a arquibancada superior, onde freqüento sempre, não tinha mais onde sentar ou mesmo onde parar em pé. Procurávamos lugares e eu me envolvi em vários bate-boca por procurar lugar, em meio ao amontoado. As pessoas não querem nada além de resolver o seu problema. Se outros não tem para onde ir, não importa: elas querem apenas ver o jogo, sem ninguém por perto. E baixam o nível em nome disso. Nessas horas você vê que ser generoso é a exceção, infelizmente. E aí eu fiquei muito estressado, sou profundamente suscetível a esse tipo de coisa, talvez também por isso: sou um sujeito que divido o último cigarro com o maluco que eu nem conheço, tudo pra ser gentil, generoso, educado, solidário. Eu acredito num mundo assim...
2) Eu sou sócio do Inter. Pago por mês, débito em conta. Pra ter lugar no Estádio. Não pra ficar vendo de um acesso, pedaços do campo. Tou puto da vida... Repensando se quero seguir indo a jogos no Estádio...
segunda-feira, abril 03, 2006

E sábado teve greNAL. Fui lá, como sempre tenho ido, nos últimos anos. É um momento diferente, ir ao futebol variando o Estádio(quer dizer... estádio modo de dizer...)
Chegar e sair de um clássico na casa do outro é sempre complicado. Camisetinha por cima da do time, cuidando pra não se ver cercado, uma ou outra pedra passando perto, corre pra lá, sai pra cá, mas ainda assim, já que não aconteceu nada de errado comigo, apenas diversão.
Foi O x O. Como todo mundo tinha como certo que o Inter ganharia, ficou um gostinho de derrota pra nós e vitória para os gremistas. Cheguei a receber mensagens e telefonemas de gremistas gozando, como se tivessem ganho. Estranho: sempre achei que em casa se deve ganhar jogo... Mas enfim, esse mundo tá meio virado, ultimamente.

Ontem vi o último Woody Allen, Match Point.
Geralmente gosto dos filmes dele. Esse não foi diferente. Um roteiro bem escrito como sempre, Londres como cenário sendo bem aproveitada, dois atores principais lindos e talentosos: Jonathan Rhys-Meyers e Scarlett Johanson. Baita filme.
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