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Eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco sem parentes importantes e vindo do interior...
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terça-feira, novembro 30, 2004



E na minha busca incessante por novas influências, novas formas de fluir o verbo e contar a vida, descobri mais um autor que me empolga, pelo texto e pela personalidade curiosa: João Antônio, cujo livro Abraçado ao meu rancor termino de ler agora, assim que desligar aqui.

João Antônio Ferreira Filho(1937-1996) reivindica Lima Barreto como grande influência e, como ele, se expressa, como ele viveu: a linguagem das ruas, a intensidade, a defesa dos fracos e oprimidos do dia-a-dia, seja no Rio dos anos 10, seja na Sampa dos anos 60/70, onde João calcou sua obra; na vida real, as identidades seguem: uma revoltante constante contra a crueldade e injustiças do mundo, uma vida desregrada, alcoolismo.

Gostei e, como outros autores que têm me pautado - Noll, Caio - quero mais, logo. Na veia, de preferência!


:: por Marcio | 23:59




segunda-feira, novembro 29, 2004

A burrice dos outros

Eu vou falar de futebol, mas apenas para ilustrar uma crítica, não se apavorem os "futebolofóbicos".

Ocorre que a violência no futebol é um problema dos dias atuais, assim como qualquer tipo de violência, certo? E quando ocorrem jogos em que duas torcidas comparecem, é necessário construir formas de evitar que se cruzem e, com isso, incorram em brigas.

Só que por algum motivo estranho à lógica, um dos meios para isso é manter a torcida visitante trancada no Estádio adversário de quinze a trinta minutos após o final do jogo, fazendo com que os donos da casa saiam antes. Só que isso tem um pequeno problema: os donos da casa - sempre em maioria, normalmente maioria acachapante, além de conhecer muito melhor o terreno - costumam encurralar frequentemente a saída dos visitantes. Logo, a medida é questionável, não funciona. Especialmente se o número de torcedores visitantes é grande o suficiente para não poder ser escoltado pela polícia.

Na semana passada, o meu Inter
jogou na Argentina, na primeira de duas partidas eliminatórias pela Copa Sul Americana. Quarta-feira, ocorre o chamado jogo "de volta", em que finalmente se decidirá quem segue para a final da dita Copa. E lá, se viu que o que acontece é o contrário: os donos da casa ficam no Estádio por trinta minutos, tempo para a torcida e o time visitante arrumar as malas e se mandar. Quem em ampla minoria quiser esperar o outro pra pegar na saída, bom... merece! É interessante, pensei então "poxa, poderiam adotar isso por aqui..."

E resolveram fazer mesmo, mas JÁ AGORA, na quarta. Qual a minha bronca? As mudanças de regras tão bruscas exigem estudo, pois afetam as pessoas reais, a vida real... Só que um burocrata acha uma idéia bonita e sai a executá-la! O jogo de quarta reunirá cerca de 50 mil torcedores do Inter e uns mil do Boca Juniors. Começa por volta de 22h e termina 23h50. Os jogos nesse horário no Beira-Rio tem sempre a mesma dinâmica: no final, é um desespero da massa correndo para pegar os últimos ônibus para os bairros e cidades vizinhas - isso, pro subúrbio. E agora, tendo que ficar até 0h30 trancados, como as pessoas vão fazer? Ou seja: mais uma medida pensada por algum burocrata que depois do jogo vai pegar sua Mercedes e vai pra casa tomar seu uisquinho e ver a Ana Paula Padrão mostrar os gols, enquanto a choldra se fode caminhando por uma ou duas horas até chegar em seu barraco na feriferia.

A burrice mais revoltante não é a da gente, não: é a do burocrata insensível!


:: por Marcio | 22:15






A minha burrice

Há algo capaz de deixar alguém mais frustrado que ficar em exame por questões que são fáceis, que você, na correção que o professor faz, observa o quanto você poderia ter respondido aquilo que ele pediu, tava caindo de maduro? Pois foi isso que me aconteceu! Consegui tirar 1,0 numa prova óbvia. Resultado: nova prova, com toda a matéria do semestre, segunda-feira que vem.

A mais imperdoável das burrices é a da gente mesmo...


:: por Marcio | 22:10




quinta-feira, novembro 25, 2004



Eu agora vi! Depois de duas semanas em cartaz, fui ver Má Educação, o mais novo Pedro Almodóvar, com o excelente Gael Garcia Bernal.

O filme é tão bom que quase passa desapercebidas as perfomances sexuais de Gael. Eu só não afirmaria isso porque ninguém iria acreditar. Claro, é uma grande mentira: ver aquele homem dando é uma coisa de outro mundo, excitante, inesquecível ou qualquer coisa assim, especialmente para quem está na falta, como eu.

Mas falando sério, gente: eu adorei o filme, como sempre se gosta dos filmes de Almodóvar, que são ágeis, com bons atores, cenários fascinantes, filmes que abordam temas atuais, sem medo e que sempre nos surpreendem no final. Esse filme não decepciona nessa regras todas, mesmo não tendo o brilho de Tudo sobre minha mãe, que será sempre o filme dele - e não só dele - que mais me marcou, pela qualidade e pelo momento pessoal que vivia.

Mas em tempos de vacas tão magras no cinema, esse filme simplesmente fascina.


:: por Marcio | 21:03




segunda-feira, novembro 22, 2004



Os prazeres da Casa Grande

Minha avó e minha tia foram viajar e, com isso, me instalei na parte da frente da casa - eu moro nos fundos, num "puxadinho". Nisso, estou com internet e usando o vídeo, que é uma coisa sempre boa pras horas vagas...

Pude ver ainda na semana passada Garota, interrompida, com Winona Ryder e Angelina Jolie, que ainda não tinha visto. Muito bom, como o são muitos dos filmes sobre insanidade que já vi - ainda assim, não se encosta em Estranho no ninho e Spider, o melhor de todos sobre loucura.

E no final de semana vi dois filmes que me decepcionaram:

Ken Park é dirigido pelo mesmo Larry Clark, de Kids, que foi um filme que gostei muito, por inovador, por chocante, por várias coisas. Mas Clark mantem a mesma fórmula em todos os filmes, acaba cansando. A crueza por vezes é desnecessária, a tal ponto ele põe...

E Plata Quemda, que até é um bom filme - conta a história dos "Gêmeos", dois amantes que assaltaram um banco junto de outros parceiros e, numa sequencia impressionante de cagadas, vão sendo cercados. É uma história fascinante, mas especialmente no livro de Ricardo Piglia. O filme é bom, mas talvez esperava bem mais... Ainda assim, vale...


:: por Marcio | 13:10




quinta-feira, novembro 18, 2004



Ontem fiquei em casa, gripado. Na falta de energia para qualquer outra coisa, fui buscar dois filmes. Um deles visto ontem, já: Amores Perros, de Alejandro González Iñarritu, que lançou o diretor e talvez tenha sido um dos motivos para a consagração do lindo Gael Garcia Bernal, que é um dos protagonistas.

O filme é sensacional, das melhores tradições do bom cinema e mesmo da boa literatura moderna, com uma montagem sensacional, com personagens ricos, situações excitantes. Um excelente filme, cru como a vida é. Me lembrou um pouco Nélson Rodrigues, nas suas melhores coisas.

E estou a cada dia mais apaixonado por Gael...


:: por Marcio | 08:45




terça-feira, novembro 09, 2004



Cada fonte diz uma coisa. Há pouco a morte de Yasser Arafat tinha sido anunciada. Agora é negada de novo. O fato é que ele está em estado crítico. Se ainda não faleceu, o líder palestino irá expirar em breve.

É sempre complicado emitir opiniões quando se está distante de uma realidade dada. Mas quem se preocupa para além do umbigo, procura saber, acaba tendo uma posição a priori. No caso da Palestina, não há como não ser solidário com um povo pobre, que luta com bodoque contra tanques. Há exageros, terrorismo, isso, aquilo, mas há dos dois lados, tanto de palestinos como dos israelenses. Não sou anti-semita, tenho sempre cuidado ao ler sobre a situação em razão disso. Tenho até alguma simpatia curiosa por determinadas coisas do judaísmo. Enfim, eu gostaria é que não acontece a opressão de um povo pelo outro, seja onde for. E se tivesse que lutar de um lado, eu estaria atirando pedras em tanques. Mas creio que não teria coragem para isso.

O que tenho a falar sobre a morte de Yasser? Era um sujeito que conduzia a luta desse povo oprimido na luta contra Israel, contra os Estados Unidos, por tabela. Com erros e acertos, conduziu por décadas a vida do povo. E sua morte causará sério recrudescimento na situação aparentemente insolúvel daquele guerra permanente.

Ou seja: as notícias não são boas, em lugar algum. Êita mundo que tá mal esse...

Esses são dias desleais...


:: por Marcio | 11:50




segunda-feira, novembro 08, 2004

Mais notícias da Feira do Livro

Sexta era um dia de chuva intensa. Ainda assim, a Praça da Alfândega estava lotada de gente, era quase impossível caminhar: onde não tinha gente, tinham poças d´água. Tinha que passar por lá, mesmo correndo: ia viajar logo pra Pelotas, ver meus pais, descansar, planejar-meu-futuro-com-as-mudanças-que-virão. Mas meus colegas de Oficina Literária estavam autografando a antologia 101 que contam, mais uma vez(o lançamento foi há duas terças atrás, numa bela festa no Opinião. E Charles Kiefer autografava A poética do conto, um livro de teoria do conto, a partir da sua tese de doutourado. Está lá, na lista da cabeceira(agora, com cama montada, eu tenho realmente um espaço a ser chamado de cabeceira).

O que mais me impressiona é que Noll, Kiefer e outros mais, não formam grandes filas: tem um público, são respeitados, creio que isso deve lhes bastar. Mas ainda assim, acho injusto: a fila da semana, talvez o livro mais vendido da Feira será, mais uma vez, um livrinho com cem ou duzentas receitas do Anonymus Gourmet. Com todo o respeito, mas acho isso um sinal da pobreza de horizontes em que vivemos num Estado que adora estufar o peito e se dizer "o mais culto", "o mais politizado", "o mais-a-porra-que-estiver-em-pauta".

Por isso que eu não tenho problema, mas também não fico me ufanando de ser gaúcho.


:: por Marcio | 16:27




sexta-feira, novembro 05, 2004



E a cidade vive mais uma Feira do Livro, a de número 50. A Feira é uma das coisas bonitas de Porto Alegre, que a faz uma cidade inteligente, bonita, curiosamente diferente, até... Afinal, em feiras literárias, se autores se tornam celebridades. Figuras que normalmente podem andar na rua ou no supermercado ou no shopping sem serem identificadas, já que são desconhecidos para 98% do povo em circunstâncias normais. É um momento encantado para quem gosta de literatura, também: livros em preços super-especiais, matérias sobre literatura ocupando espaço de capa nos jornais e sites. Surrealmente deliciosos, esses dias aí...

Terça-feira fui lá. Só comprei um livro. Pra ganhar um autógrafo. É estranho... Os ídolos de quase todo mundo são celebridades, atores globais, essas coisas. Um dos caras que hoje mais admiro é o autor do livro que comprei: Lorde, de João Gilberto Noll. Eu tava super nervoso: tremia ao entregar o livro. Super engraçado! E o cara é esquisito como o texto dele, de uma esquisitice muito atraente, como seus livros. Ainda não li, tenho uma pilha no chão, ao lado da cama recém montada. Mas a curiosidade faz com que ele tenha uma das primeiras fichas pra entrar na leitura.

Hoje tem mais autógrafos, tem Charles Kiefer. Estarei indo logo para lá.


:: por Marcio | 14:40




quarta-feira, novembro 03, 2004



E o medo deles...

... venceu a esperança do mundo.

Bush, o escroto, venceu a eleição nos EUA, ao que tudo indica. Isso significa mais guerras, mais gente inocente morta em todas as partes do mundo, em especial no Oriente Médio... É o mundo sempre nos dando mais e mais más notícias.


:: por Marcio | 09:09




segunda-feira, novembro 01, 2004

Depois das eleições...

E agora acabou minha grande desculpa para postergar planos e atitudes: o "depois das eleições". O dia 31 de outubro era o marco para eu não começar a fazer regime, entrar pra academia e outras providências para emagrecer; para não ir ao oculista e trocar de óculos e/ou colocar lentes de contato; para não ir ao dentista; para não voltar a sair pra noite; para um monte de outras coisas. Agora, chegou a hora:
- Coragem, Márcio! E liberdade...


:: por Marcio | 19:05






Acabou!

Ontem ocorreu o segundo turno da eleição em Porto Alegre. José Fogaça foi eleito o prefeito, com cerca de 53% dos votos válidos, em segundo turno. Derrotou Raul Pont, do PT, que deixa a Prefeitura depois de quatro gestões.

A experiência do PT em Porto Alegre era uma vitrine para a esquerda do mundo, do ponto de vista de administração local. Em razão de uma série de programas e metodologias de gestão, a cidade se tornou uma "meca da esquerda", fazendo com que, em razão disso, centenas de pessoas viessem regularmente à cidade conhecer as experiências, especialmente do Orçamento Participativo, mas não apenas... E a cada dois anos, a cidade recebe o Fórum Social Mundial, com milhares de turismilitantes que traziam suas curiosidades e dólares até a nossa cidade.

Mas em meio a essa referência para o mundo, há uma cidade, com suas contradições, vontades, paixões e ódios que só quem nela vive pode entender. E a experiência que chamava a atenção do mundo será interrompida no dia 1º de janeiro de 2005, sendo sucedida pela governo do ex-senador, ex-professor-de-cursinho e ex-compositor, José Fogaça, um sujeito apagado, notório nos anos 70 como figura da contracultura, do movimento pela redemocratização, nos anos 90 por ser um obscuro senador que compactuou e mesmo operou privatizações e outros tipos de descalabros contra o país. Um sujeitinho que traiu uma geração. Um elemento que não conhece direito o que tá pegando, afirmando que foram fechadas escolas onde nunca existiram, confunde elementos básicos de indicadores econômicos, etc, etc.

Mas Fogaça não é o maior problema. Ele é um apagado. Ponto. O pior é o que cerca ele... Graças à sua eleição ontem, figuras como Brasinha(PTB), notório taipa; Neusa Canabarro(PDT), notória arrogante e bagaceira, dentre outros mais, ocuparão cadeiras na Câmara de Vereadores ou mesmo no secretariado do município.

Em pouco tempo, Porto Alegre verá a diferença... Com todos os problemas que tenha, o PT fazia na cidade uma experiência bonita de um processo de pacto social e civilidade, na pior das hipóteses. Agora, veremos de volta ao governo a repressão, falcatruagem, bagaceirice da pior estirpe...

Além do que, foi sintomático: o único bairro realmente em festa ontem, ao menos por onde passei, era o Moinhos de Vento, por onde demorei, de lotação, mais de quarenta minutos para andar três quadras. É... festa na Calçada da Fama, Parcão e arredores!


:: por Marcio | 17:25