:: eu

Eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco sem parentes importantes e vindo do interior...
Onde e quando nasci: há 28 anos, em Cachoeira do Sul (RS)

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Passatempos úteis: cinema e literatura

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sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Terminei de ler mais um livro nesses dias: Noite, do Érico Veríssimo. É um texto curto e destoante do estilo da obra dele, muito relacionada com a saga O tempo e o vento, um texto sóbrio, histórico.
Esse texto, ao contrário, trata do vagar de um sujeito desmemoriado pela noite de Porto Alegre em companhia de dois vagabundos. Fiquei fascinado!


:: por Marcio | 12:15




quarta-feira, fevereiro 25, 2004

Matando as saudades

Foi muito legal rever Marcelo e Dani na segunda. Faziam meses que não os via... Sinto falta de conviver com eles, que são dos meus amigos mais especiais. Não sumam tanto, porra!


:: por Marcio | 19:14






Secando

E adorei o rebaixamento da Gaviões da Fiel em Sampa... Detesto o Corinthians, também...


:: por Marcio | 19:12






Pra não dizerem que só elogio vencedor...

... deixo registrado que detesto a Beija-Flor e, em especial, o Neguinho.


:: por Marcio | 19:11




segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Apesar dos pesares

estou me divertindo nesses dias. Minha tia do Ceará, que é completamente louca, está passando uns dias por aqui. Motivos pra grandes risadas. Minha mãe foi há pouco de volta pra Pelotas... tudo legal...


:: por Marcio | 16:21






Do que eu vi dos desfiles do Rio...

...posso dizer que:

1) Mangueira e Portela mataram a pau, especialmente por serem, afinal, Mangueira e Portela... a emoção, a coisa de ter raiz, tradição, faz diferença. O desfile da Estação Primeira foi belíssimo, com qualidade, excelente. Ao que tudo indica, concorre ao título de novo;

2) Vi o desfile da Caprichosos de Pilares e, na boa: que samba fraquinho, que desfile lugar-comum e que fantasia horrorosa a Xuxa usou, porra! Tomara que seja rebaixada!


:: por Marcio | 16:20




terça-feira, fevereiro 17, 2004

Mini-férias

E eu tou saindo de férias, uns dias. Mini-férias, na real. Saio amanhã(quarta) e volto no dia 1º de Março, totalizando doze dias de férias, incluíndo aí o carnaval no meio. Mas já tá razoável. Comecei as aulas ontem, quero aproveitar pra colocar a casa e os livros em dia, ao menos...

Talvez o blog entre em recesso...


:: por Marcio | 15:48




segunda-feira, fevereiro 16, 2004



E ontem eu fui a um jogo no estádio, depois de uns cinco anos sem ir. Trata-se de um dos maiores espetáculos possíveis, ver um jogo ao vivo. Certo, o Gre-Nal foi uma pelada, empate em um gol, essas coisas todas. Ainda assim, adorei o programa. Quero voltar a frequentar estádios. E quem sabe reavivar minha relação de infância com o Inter.


:: por Marcio | 11:11






Até com chuva, praia vale a pena

Tempo encoberto. Chuva. Temperaturas baixas. Água gelada. Ainda assim, foi bom ter ido de novo à praia. Você desliga. Dai quando abriu o sol ontem, já era hora de voltar pra Porto Alegre, de modo a pegar o GreNal a tempo(comento sobre no próximo post).

Me convenci definitivamente a respeito de Rainha do Mar. Andamos por Capão da Canoa nesse final de semana. Fazia uns três anos que não ia lá. Tudo piorou um pouco, é uma montoeira de gente, engarrafamento, sujeira. Não é exatamente o que você procura quando vai ao Litoral. Ao menos não o que EU procuro. Assim, Rainha oferece o que mais interessa: sossego, pouca gente na areia, essas coisas. Só tem um grande defeito: não tem lugares legais pra você tomar aquele chope de noite. Nenhum bar próximo do mar, essas coisas que tornam agradável a noite na praia. Mas tudo bem... é uma das grandes opções do nosso estranho litoral.


:: por Marcio | 11:06




sexta-feira, fevereiro 13, 2004

Lendo Machado de Assis,

me choca um pouco perceber que o Brasil viveu, até pouco mais de cem anos atrás, com a escravidão como uma instituição. Dentre as heranças, as pessoas recebiam escravos como parte, como propriedades. A própria barbárie.

O mais incrível é saber que formas atuais de escravidão e semi-escravidão ainda sobrevivem. Os episódios recentes, como a morte de fiscais do Ministério do Trabalho que iam inspecionar fazendas em Minas Gerais e recentes descobertas de trabalho escravo na fazenda de um senador de Tocantis(Senhor João Ribeiro, do PFL) são chocantes. O bom é que, ao menos nisso, temos observado uma ação ostensiva do governo federal no combate a esse verdadeiro absurdo que é convivermos com isso em pleno século XXI.


:: por Marcio | 13:08






Na quarta e na quinta li Lavoura Arcaica, do Raduan Nassar. Uma pancada, como tudo dele. É muito bem escrito, o cara tem uma opção por uma linguagem culta, que NINGUÉM fala. O que dá um efeito interessante. Você descobre várias palavras novas. E a história, já adaptada para o cinema, é extremamente interessante, ao tratar dos conflitos de uma família que tem um de seus filhos fugindo de casa ao se ver apaixonado pela irmã.


:: por Marcio | 08:38




quarta-feira, fevereiro 11, 2004



Depois de muito ler recomendações e ficar muito curioso, finalmente li O triste fim de Policarpo Quaresma, do escritor Lima Barreto. Tenho gostado muito de ler os clássicos da literatura brasileira, que são normalmente menosprezados ou muito mal lidos(somos obrigados a ler no primeiro e segundo grau e criamos preconceitos). De fato, existem grandes obras escritas entre o século XIX e primeira metade do século XX, como é o caso desse livro.

Triste Fim trata da história de um funcionário público(categoria que organizava toda a classe média e alta do país à época) que, de tão patriota, é visto com estranheza, internado como louco e preso, até, em meio a uma tirania do início da república - o livro trata dos anos do Mal. Floriano Peixoto no governo. Mostra um Rio de Janeiro ainda em formação, nada de uma cidade que desenvolveu boa parte de sua identidade no século XX.

O mais interessante é o autor, pelo qual me encantei: Lima Barreto é um dos primeiros intelectuais que sofre influência das idéias socialistas no país. Ao contrário de outros escritores que expressaram em boa medida os costumes e experiências da nova burguesia que se formava em meio ao império e início da república, Lima se preocupou em mostrar os pobres, loucos, cachaceiros, artistas. Ele próprio era um boêmio, alcólatra incorrigível, que morreu com apenas quarenta e poucos anos, depois de passagens por sanatórios e crises e mais crises por causa da bebida. Mas deixou a marca de uma obra inovadora, que merece maior atenção por mostrar uma cara cruel do Brasil. Talvez um dos primeiros a mostrar "a vida como ela é". Assim como Machado de Assis, Lima era filho de negros/mulatos e era funcionário público que escrevia nas horas vagas, o que muitos escritores fazem ainda hoje para terem condições dignas de sobrevivência, ao menos até o reconhecimento. Que, no caso de Lima, só veio, realmente, com a morte.


:: por Marcio | 14:19




terça-feira, fevereiro 10, 2004



E fazem hoje 24 anos do PT. Me permitam falar um pouco sobre...

Independente de que posição se tenha - ou não se tenha -, é inegável a importância desse partido na história política do país desde sua fundação. Em boa medida graças à capacidade de mobilização do PT, aconteceram algumas das grandes mobilizações e mudanças desde o fim da ditadura - inclusive o próprio desabar da ditadura se dá em meio ao "movimento pró-PT". De lá pra cá, muita coisa aconteceu...

Pra mim, particularmente, o PT jamais estará fora de qualquer história que eu vá contar de minha vida. Tou filiado desde os quinze no PT - farão dez anos, em maio. Agora, justamente, o Partido vive uma encruzilhada: conseguirá responder às expectativas da população, será realmente capaz de conduzir o país para um novo rumo? Não sei responder a isso. Tudo o que tem me acontecido me assusta muito. Pra bem e pra mal. A cada nova notícia me empolgo ou me entristeço. Tem sido complicado afirmar qualquer coisa. Mas a esperança de mudar o mundo segue firme em mim. E o PT, espero, ainda terá papel nisso tudo...

Num país com pouca tradição de sequência democrática e onde os partidos nascem e morrem como se troca de camiseta, fazer 24 anos é um sinal de força. Em democracias mais sólidas, os partidos tem 50, 100 anos. Quem sabe cheguemos lá, vivendo dias melhores...


:: por Marcio | 13:13






Mini-Fórum Social

Pra quem tá em Porto Alegre de bobeira, vai acontecer o Encontro Internacional Pela Paz e Contra a Guerra , de amanhã, dia 11, até o dia 13, na PUC, no prédio 40. Será um evento tipo o Fórum Social Mundial, só que com dimensões, obviamente, menores. Mas serve como prévia para a cidade, que receberá o V FSM no ano que vem. Maiores informações, clique aqui.


:: por Marcio | 13:01








Ontem foi a vez de ver 21 Gramas. O filme é impactante. Não é um filme pra ser visto por pessoas por demais sensíveis, que se choquem com coisas fortes. O filme é fortíssimo. Muito pesado. Pesa bem mais que o título. Se o título se refere a um suposto peso da alma humana e de um beija flor, o filme te joga um elefante na cabeça.

A história entrecruzada entre uma mulher que perde marido e duas filhas, um transplantado que fuma sem parar e um ex-presidiário que vira religioso fervoroso é muito envolvente, especialmente pela opção de fazer uma montagem fragmentada, sem ordem cronológica, o que obriga o público a prestar muito mais atenção ao filme.

Ele tem muita relação com Sobre Meninos e Lobos, não apenas por ter Sean Penn protagonizando, também em excelente interpretação. Também é um filme duro, que faz você sair mal do cinema. E principalmente por tratar de um tema muito atual e que merece muita atenção: a vingança com as próprias mãos, o desespero em resolver os problemas por conta própria, aquilo que no Direito chamamos por "autotutela". E que deve ser sempre combatido das relações humanas, por óbvio.

É desnecessário falar também que Benício Del Toro está excelente, merecedor da indicação que teve para o Oscar de Ator Coadjuvante.


:: por Marcio | 08:15




segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Fimdi atípico

É, foi um final de semana atípico para mim. Fazia muito tempo que eu não ia na praia, talvez fiquei outros tantos sem ir. Mas foi muito bom. Descansei, comi bem, tomei banho, joguei futebol. Quem dera pudesse ter esse tipo de programa mais seguido. Seria mais feliz...

Rainha do Mar é uma praia simpática - ainda não conhecia - e tradicional do Litoral, lugar típico pra você ter uma casa. Lugar bem familiar, com poucos bares, pouca estrutura. Mas você está a dez minutos de Capão da Canoa, apenas, que tem tudo isso(bares, boates, restaurantes e outros). Vantagens: a faixa de areia com pouquíssima gente, pouco barulho, coisas que fazem você descansar.

Pensei bastante na vida, pude perceber definitivamente que preciso correr atrás de melhorias, tipo passar num bom concurso público, algo para o qual ainda não me empenhei com suficiência. Preciso perceber um salário melhor a médio prazo, pra não ficar patinando mais tempo na vida.

E Rainha tem coisas curiosas. É a praia de vários políticos do Estado, dois ex-governadores dentre eles. O Senador Pedro Simon tem casa lá, a duas quadras da onde eu estava. E tem uma história super curiosa com a casa de Simon: fazem uns dez anos que uma velhinha, apaixonada por ele, pára na frente da casa e fica esperando a sua atenção, esperando que ele aceite seu convite de casamento. Ontem, quando passei por lá, estava ela: cabelo branco, casaquinho, sombrinha. E ele na varanda, alguns metros apenas de distância, como se nada estivesse acontecendo. Ela já virou parte da casa, já parece não incomodar. E toda a praia conhece a história e observa a curiosidade. Literatura pura!


:: por Marcio | 08:51




sexta-feira, fevereiro 06, 2004

A bermuda, o perfume e um pouco de auto-estima

Fui comprar uma bermuda pra mim ontem, pra ficar em condições mínimas de encarar o litoral. Comprei uma bermuda com as cores do meu time, bem bonitinha, até... E de quebra recebi um elogio da caixa da loja, de que estava com um perfume muito bom. Como não se elogia perfume de quem não te atrai, fiquei com a vaidade um pouco satisfeita... Ainda mais que a moça era bonitinha.

Aliás, o Shopping Total, relativamente novo, é bem bonitinho, tem várias lojas boas, uma boa distribuição do espaço, inaugurou cinemas agora e, o que é principal, fica próximo ao centro. Boa opção... É que quando anunciaram um "shopping de descontos", imaginei uma espécie de "camelódromo high tech", o que não é bem o caso. E pra mim que sou, como falei outro dia, um admirador do Bairro Floresta, fica a alegria de aquela área que durante anos ficou abandonada, está sendo muito bem aproveitada.


:: por Marcio | 09:04




quinta-feira, fevereiro 05, 2004

Como surgiu o convite...

... vou pra praia nesse final de semana. Vai ser a primeira vez nesse verão, talvez a única. No passado já não fui. Dois anos sem tocar no mar é foda! Menos mal...

Tou saindo pra comprar uma bermuda nova!


:: por Marcio | 16:32






Voltando a ser sociável

Pois eu ontem fui em mais um aniversário, desta vez numa pizzaria. Na Cristóvão Colombo, mas uma pizzaria boa. Tava pensando: eu realmente gosto daquela região da cidade. Vivi ali um dos melhores anos da minha vida(2000), talvez isso ajude a gostar dali. Mas não é só isso. Tem uma calma qualquer e um charme naquelas cercanias ali do Floresta. Depois fui tomar uns chopps. Coisa boa! É uma bebida alcoólica que vale a pena, junto com o vinho: tem gosto, você curte, de verdade, tem prazer. Só que tem valores proibitivos, né? Tomar três ou quatro chopps é algo em torno dos doze reais, por aqui...

Mas o bom nisso tudo é que tou voltando a ser sociável, por mais que as condições objetivas e subjetivas não contribuam muito pra isso...


:: por Marcio | 09:10




terça-feira, fevereiro 03, 2004

Dentre as coisas de jornais e revistas, li um livro: Um morto pula a janela, do Nei Lisboa.

Eu sou fã do cara como músico, tinha curiosidade em ler esse livro. Mas ele mostra, como escritor, que é um bom compositor, mesmo.

Tipo... o texto é muito bom, tem um estilo que faz rir, lembra um pouco o Luís Fernando Veríssimo, que certamente é uma influência forte dele. Mas pára por aí os méritos: o argumento é confuso, a forma como ele conta a história também. Por mais que tenha personagens interessantes, ele conta uma história que, ao terminar, não te soma nada, você termina frustrado. Uma pena...


:: por Marcio | 10:34








No domingo eu vi o terceiro filme do feriado: Sobre Meninos e Lobos, de Clint Eastwod.

Eu via filmes do Eastwood desde pequeno, aqueles policiais e western engraçadíssimos dele, tipo "Magnum 44", "Meu Nome é Coogan" e outros...

Pois mudou muito o tipo de filme que ele passou a fazer na década de 90. "Os Imperdoáveis" foi o primeiro filme com um aspecto mais sério, com o qual ganhou o Oscar de Diretor. Agora, Eastwood nos presenteia com um excelente filme.

Sobre Meninos e Lobos trata de várias coisas ao mesmo tempo. É um filme policial, um tratado psicológico, sobre fraquezas e traumas. É uma história que demonstra o quanto "a vida é dura".

Os dois principais atores, Sean Penn e Tim Robbins estão excelentes, como de costume, aliás. Um é o pai que sofre com a morte da filha, mas não é um cara "do bem", como seria em outro filme qualquer: Jimmy é um sujeito de relações estranhas, ex-detento, explosivo, rabugento, etc; Dan, o personagem de Robbins, que se torna o principal suspeito de ter matado a filha do amigo é um sujeito vazio, desmotivado, sem vida, cheio de traumas pelos acontecimentos da infância.

O filme prende por tudo isso, por enredar muito bem um ótimo argumento. E por tratar de temas muito presentes, tipo relação "adultos x crianças", "vingança com as próprias mãos", dentre outras coisas com o mérito de nunca apresentar solução fácil, nem bem e mal, até porque estas coisas todas realmente não existem. Você sai do filme machucado. Mas é assim que tem que ser. Se você não quiser isso, vai ver o filmezinho do Jorge Fernando...

Ah, mais um caso lamentável: tive que ir ver esse filme muito longe de casa, numa sessão única, cinema único. num horário absolutamente lamentável: 11h.


:: por Marcio | 10:19








No sábado fui ver Dogville, de Lars von Trier, que depois de uma semana se reduziu a uma única sessão no meio da tarde em um único cinema. Uma pena, porque é um filme pra ser visto por todo mundo.

Eu não sou chegado na Nicole Kidman, mas tem um pouco de preconceito aí, admito. Os últimos filmes dela tem sido bons, com boas atuações da pinta, sem dúvida. Esse filme é uma pancada, um soco no estômago, bem dado.

Todo mundo conhece a história: uma moça está fugindo de gansgster e acaba indo parar numa pequena vila, onde, em troca de refúgio, ela acaba escravizada pelos habitantes da cidade, que vão, aos poucos, descontando toda a sua frustração sobre a moça. O filme trata das qualidades e fraquezas do gênero humano de forma impiedosa.

Li depois uma entrevista com o diretor em que ele explica porque optou por filmar num palco, com marcações de giz, como teatro, ao inv´s de investir em cenários, locações, etc: ele diz que percebeu, ao ver O Senhor dos Anéis, que os recursos técnicos extrapolaram qualquer limite, que é hora de mostrar que é possível fazer drama sem recursos técnicos. A opção é interessante. Parece impossivel alguém sustentar três horas de filme assim, eu imaginava que seria um saco, mas o filme corre sem que você perceba. Muito bom.


:: por Marcio | 09:53






Calor constante

Ainda na sexta fui ao aniversário do Erick num bar bem curioso chamado Paraphernália, na Cidade Baixa.

Curioso porque é bem decorado, bem localizado(longe do burburinho do bairro, onde anda insuportável transitar), bem atendido(inclusive com um garçom muito bonitinho, capaz de motivar a volta de qualquer pessoa ao bar), mas com um problema que tornou o tempo que estive ali insuportável: ar condicionado desligado ou muuuito insuficiente.

Foi apenas a primeira sessão de suor do feriadão, que registrou temperaturas entre os trinta e os trinta e cinco graus constante. Ontem pude aquela fumaça saindo do asfalto... Que merrda!


:: por Marcio | 09:42








Sexta, iniciando um roteiro de feriadão, eu fui ver Encontros e Desencontros, da Sofia Coppola. O filme é mediano, alguma coisa como "nota 6". Vejamos os motivos:

Ele tem uma dupla protagonista excelente, além de boa direção: Scarlett Johansson é linda e talentosa. Faz um papel de uma jovem de "vinte e poucos anos" com a crise típica dessa idade: terminou uma faculdade, mudou de emprego, casou, mas nada é exatamente o que a satisfaz; Bill Murray, de quem nunca gostei, faz muito bem o papel do cinquentão em crise de meia idade, com um casamento feliz, mas na qual se sente como "sobrando". O encontro dos dois num hotel de luxo gera uma amizade com um tico de atração mútua, improvável de virar transa, mas apego. O enredo disso é excelente, gerando boas situações.

Os pontos negativos do filme ficam, basicamente, por ter muitos clichês, problema que estraga muitos filmes. O Japão e os japoneses são tratados como caricaturas, que estão na história apenas para impressionar pela suntuosidade ou para divertir a nós, superiores, ocidentais, "sérios". É como se fossemos fazer um filme em Portugal e mostrássemos os portugueses que contamos em nossas piadinhas: não é lá uma opção muito séria. Em razão disso, inclusive, o filme ainda não estreou no Japão, só o fará em abril, depois do Oscar, para evitar que a reação negativa do público local prejudique o desempenho do filme.

Ainda assim, é um "água-com-açucar" bem feitinho...


:: por Marcio | 09:37