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Eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco sem parentes importantes e vindo do interior...
Onde e quando nasci: há 28 anos, em Cachoeira do Sul (RS)

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Passatempos úteis: cinema e literatura

Esporte: futebol e F 1

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segunda-feira, dezembro 29, 2003

Noite "enigmática"

Cheguei de volta a Porto Alegre no sábado à tarde. Acabei me aventurando: resolvi ir até a Boate Enigma, ver o que tava rolando por lá.

Porra, é o tipo de lugar que não muda, mesmo: reformaram, deram uma geral na bocada, mas continua igualzinha. Tu não sabe diferenciar quem tá ali na boa e quem tá ali na michetagem. Uma cheiracada violentíssima. Música horrorosa na parte de baixo, música legal na parte de cima. Apesar dos defeitos, é uma grande diversão. Se você estiver com algum amigo junto. Do contrário, é meio aborrecedor.


:: por Marcio | 13:36






Retrospectiva Subjetiva - Parte V



Infame do Ano - George W. C. Bush

O mundo todo sabe o porquê.



:: por Marcio | 13:17






Retrospectiva Subjetiva - Parte IV



Um ator - Dan Stulbach Eu confesso que vi muitos capitulos da novela Mulheres Apaixonadas, que foi uma boa novela. E esse cara foi a melhor revelação dos últimos anos na TV, que costuma colocar em suas novelas apenas modelos tipo Erik Marmo, que só sabem fazer caras e bocas e chiar como se todo brasileiro falasse desse jeito. Pois Dan, fazendo o papel do marido-canalha-que-bate-na-mulher, foi o grande destaque desse ano, mostrando ser um grande ator. Ele já tinha feito dois papéis no cinema em filmes menos expressivos e apareceu mesmo com a novela. Tomara que volte ao cinema, que é onde os atores podem mostrar o melhor de si.



Um show - Elza Soares no Parque da Redenção Aquele dia foi maravilhoso, sob todos os aspectos. Passou o dia quase todo encoberto, mas rendeu. Pude rever pessoas queridas, curtir a cidade como raramente consigo e pude ver, "totalmente de grátis" um dos melhores shows que passaram por Porto Alegre nesse ano, que foi Do Cócix ao pescoço, com a maravilhosa Elza Soares. O show começou por volta das onze da manhã e lotou boa parte das cercanias do Espelho d´Água, algo que não é qualquer um que consegue fazer. Inesquecível.

Uma peça - Woysech O Matheus Nachtergale é outro cara que teve um puta ano. Se firmou entre os grandes atores da atualidade(vale também destacar o ótimo Lázaro Ramos) e mostra, em entrevistas, que é um cara muito cabeça, ligado no mundo, com opinião sobre as coisas à sua volta. Tive o prazer de ver Woysech, peça em que ele protagoniza junto com a também excelente Marcelia Cartaxo. Um texto forte, uma encenação contundente. Indescritível. Ver Nachtergale, no final, transtornado no encerramento da peça me arrepiou. Nunca vi alguém incorporar daquela forma um papel.


:: por Marcio | 12:56






Retrospectiva Subjetiva - Parte III - Foto Ridícula do Ano



É óbvio que a foto ridícula do ano seria do Lula, com seus frequentes arroubos populistas. O difícil foi só escolher qual. Creio que esta seja das melhores.


:: por Marcio | 09:27








Vi vários filmes no feriadão.

Oscar e Lucinda era um dos filmes com Ralph Fiennes que ainda não tinha visto. Achei ruim. Mesmo. Uma pena, já que adoro o cara, sempre tive uma impressão de que ele não fazia filmes ruins(por mais que eu não goste de Paciente Inglês, reconheço como sendo um bom filme, por exemplo). Mas mesmo a história sendo meio sem sentido, não tenha me agradado, ainda assim o cara manda bem, como sempre. Não é à toa que é dos melhores atores vivos do cinema.

E vi Bufo & Spallanzani, de Flávio Tambellini, com José Mayer, Tony Ramos, Maitê Proença, dentre outros. Adaptação do Rubem Fonseca. Um bom filme, bem fiel ao livro, uma das melhores história do Rubem. Não sei ficar caracterizando muito mais, não tou inspirado. Mas é um bom filme, vale a pena, especialmente pra quem gosta do Rubem e suas maluquices.

E fui ver Jean-Luc Godard, Je vous salous, Marie, no cinema. Achei estranho, como qualquer filme do Godard é. Não sei se eu que sou muito grosso, mas é abstrato demais. Ainda assim, é interessante. Um filme polêmico, já que é uma alusão direta à história de Maria e José, tratada mesmo de forma debochada em alguns momentos.


:: por Marcio | 09:19




terça-feira, dezembro 23, 2003

Desejo...

... que, apesar de todas as coisas sacais que reunir com a família possa ter, os amigos todos que circulam por aqui tenham um bom natal. Se não reunirem com a família, tenham um bom natal igual. Basta fumar um, pegar uns livros(sigam as minhas dicas do post seguinte) e curtir a vida.

Eu tou indo pra Pelotas visitar pai, mãe e irmã. Volto com alguns presentes e com alguns quilos a mais, provavelmente. É parte do "espírito de natal".


:: por Marcio | 14:27






Retrospectiva subjetiva - Parte II - Os Livros

Seguindo meu retrospecto de 2003, vou ao que mais me marcou nesse ano: os livros. Não li lançamentos, mas pude ler algumas coisas interessantes, que estavam guardadas entre meus livros há tempos ou que, mesmo que quisesse conhecer, nunca tinha conseguido ler, até porque andava, até esse ano, disperso dos livros. Então vale dizer que esses foram os melhores entre muita coisa que eu li:



Júlio Cortázar - Todos os fogos o fogo - Depois de ouvir muitas referências ao argentino, finalmente esse ano o li e achei sensacional, pela sua capacidade de narrar, em histórias curtas(contos de vinte páginas, na média), histórias sensacionais. Me chama especial atenção a visão sobre as família, de forma absolutamente mordaz. Estou lendo o segundo livro de contos dele e está a se tornar um dos meus preferidos.

Moacyr Scliar - Mês de Cães Danados - Livro escrito na década de 70, tem uma linguagem ágil, verborrágica e narra alguns dias na vida de um homem no mês de agosto de 61, período agitado da vida brasileira e, especialmente, gaúcha, em razão da renúncia de Jânio e do movimento da Legalidade. Me chamou muita atenção, dentre os que li e, pela primeira vez, li e gostei de Scliar, que foi, por sinal, a figura do cenário cultural gaúcho nesse ano, em razão de sua eleição pra ABL.



Patricia Melo - Elogio da Mentira - Gosto muito da Patrícia Melo, uma jovem autora assumidamente seguidora do RuBem Fonseca em seu estilo. Esse livro, particularmente, considerei o melhor dela entre os três que li(também conheço O Matador e Inferno). E Elogio... é, por sinal, o mais "fonsecano" dos três, lembrando muito as histórias enredadas e inteligentíssimas do Mestre. Li em dois dias, assim como Mês de Cães...

Garcia Márquez - O Amor nos Tempos do Cólera - Esse é um livro que tenho falado a cada vez que falo em literatura com alguém. É uma das obras mais bonitas e bem escritas que li até hoje. É outro autor com a qual me reconciliei, já que antes tinha lido algumas coisas dele da qual não gostei muito, tipo Crônica de uma morte Anunciada. Em O amor... parece que cada palavra foi rigorosamente estudada pra ficar no lugar certo, dada a cadência do texto, a beleza, a sequencia de cada coisa. Perfeito! O melhor dos livros do ano, sem dúvida(mesmo que não seja do ano, claro...)



Milton Hatoum - Dois Irmãos - Esse cara foi a grande revelação do ano para mim. Nunca tinha ouvido falar dele e descobri esse livro por acaso, jogado numa mesa da biblioteca da Unisinos. Li a orelha, olhei algumas páginas e peguei pra ler em casa, descobrindo assim um grande autor brasileiro que, por ser do Amazonas, é pouco badalado na grande mídia cultural do centro do país(o que não o impede de ser publicado em vários idiomas). Uma pena, já que muitos que não tiveram a sorte de ver o livro pela frente(ou tenham a sorte ainda maior de ler esse blog), talvez não possam nunca conhecer um dos grandes autores brasileiros da atualidade, o ainda jovem Hatoum(não tem 50 anos).



José Saramago - O Evangelho Segundo Jesus Cristo - Uma personalidade que ultrapassa o escritor, Saramago acaba sendo admirado por todos nós sem que tenhamos o lido, muitas vezes. Resolvi quebrar essa escrita e ler seu mais controverso e longo livro. Tou quase terminando e estou apaixonado. Entra naquelas obras em que tudo é perfeitinho. Ainda não terminei e ainda assim o coloco entre os bons do ano.


:: por Marcio | 13:49






Retrospectiva subjetiva

Então... já que todo mundo faz, eu também vou fazer a minha retrospectiva, começando por cinema. Esse retrospecto tem limites óbvios: eu não vi todos os filmes que passaram, eu tenho gostos estranhos, essas coisas todas...

Seis filmes a destacar:



Desmundo - A única entre as grandes produções brasileiras do ano a dar prejuízo, esse filme do diretor Alain Fresnot não é feito para grandes públicos. Ambientado no século de 1500, mostra um brasil sendo aberto a facão, por homens brutos. Mostra como boa parte das pessoas que vinham de Portugal eram o que se poderia denominar como "escória" da sociedade. O enredo do filme centra na figura de uma moça(a bonita Simone Spoladore), que tenta fugir do marido que lhe arranjaram(Osmar Padro), um sujeito que, se chamado de "ogro", estaremos sendo generosos.
O filme tem fotografia excepcional, interpretações boas, uma reconstituição de época difícil de se fazer, que faz o filme valer. Especialmente pela parte que talvez o torne chato: é falado em português arcaico, como era falada nossa língua à época, com legendas no português atual.

O Homem que copiava - O meu conterrâneo Jorge Furtado fez um bom filme, mais uma vez. Eu já tinha curtido o despretensioso Houve uma vez dois verões(2001). Com esse filme, Furtado se nacionalizou definitivamente, fazendo um trabalho maior que o cinema que é falado em "porto-alegrês", mesmo sendo rodado, também, aqui em Porto. A história do morador do bairro Navegantes que se vê apaixonado pela vizinha e começa a falsificar notas de 50 pra poder comprar presentes pra guria é envolvente, mesmo que pouco verossímil. Um elenco bom, uma direção boa, cenários interessantes fazem O Homem que copiava ser um dos bons nacionais do ano, numa safra que não foi tão generosa como a do ano anterior.



O Pianista é o filme que mais me emocionou nesse ano. Revelou um grande ator, Adrien Brody, capaz de nos fazer chorar(tanto eu como a Fernanda, com quem vi o filme, especialmente ela, cujas lágrimas escorriam aos litros). A história do pianista judeu que tem sua vida arruinada pela ascensão do nazismo poderia ser mais um filme sobre o holocausto. Mas consegue ser um dos grandes filmes, ao lado de A Lista de Schindler, por saber narrar os fatos com precisão, emoção, talento. E conta uma história bem diferente do outro filme oscarizado, centrando a narrativa na história dos poloneses e do Gueto de Varsóvia. Quem ainda não viu esse filme, não passe mais um ano sem ver.



As Horas - o filme é totalmente "universo feminino", com três histórias articuladas de forma muito inteligente, de modo que somente no final você consegue montar com clareza o que cada uma tem a ver com a outra. Tem um elenco brilhante - a começar pelas três protagonistas, passando por Ed Harris - e uma história interessante. É dos filmes que faz você sair pensando. Ainda não tive a possibilidade de ler o livro e rever o filme. Projeto para 2004.



Longe do Paraíso é outro filme "universo feminino" que valeu a pena ser visto. A história da dona-de-casa-mãe-mulher-ideal-americana que vê o mundo dela desabar quando descobre a homossexualidade do marido e ainda é discriminada por fazer amizade com seu jardineiro negro é uma bela reflexão sobre o preconceito, abordando duas questões delicadas ainda nos dias de hoje: sexualidade e racismo. De como não existe vida padrão perfeita, de como tudo pode cair, tudo que é sólido desmancha no ar.

E por último não poderia deixar de destacar também Tiros em Columbine, de Michael Moore, dado que o cara é uma das figuras do ano, sem sombra de dúvida, dado que se tornou o grande ícone do combate interno ao Bushinho, numa sociedade não muito dada à auto-crítica. E Tiros... aborda um tema especialmente importante: a questão da tara das pessoas por armas e o papel que estas tem na reprodução da violência. É um verdadeiro libelo anti-armas, muito apropriado num momento em que, segunda, o nosso presidente sancionou o estatuto do desarmamento, com medidas, ainda brandas, mas já um começo, no sentido de proibir o porte de armas no Brasil.


:: por Marcio | 08:55




segunda-feira, dezembro 22, 2003

Volta aos cinemas

Terminei com um jejum de mais de um mês de cinema: fui assistir ontem ao filme O Passageiro - Profissão: Reporter, de Michelangelo Antonioni, rodado em 1975, com Jack Nicholson e Maria Schneider.

A história conta sobre um repórter que vai cobrir uma guerrilha no interior da Africa e acaba resolvendo trocar a identidade com a do vizinho de quarto, que morre de infarto. Só que o seu vizinho é um traficante de armas e ele acaba se envolvendo numa trama super complexa, sendo perseguido tanto por quem procura informações sobre sua morte como pelos parceiros de crime de quem assumiu a identidade.

É uma história super bem filmada, por um dos maiores diretores de cinema europeu de todos os tempos, com locações em cinco países diferentes, com fotografia impecável e o grande Jack Nicholson, que pra mim faz valer o filme. E a linda Maria Schneider(que também estrelou O Último Tango em Paris dá um brilho especial como parceira do protagonista a partir da metade do filme.

Por essas que eu adoro os cinemas da Casa de Cultura Mário Quintana, que permitem que a gente possa ver clássicos como esse na telona.


:: por Marcio | 08:57




sexta-feira, dezembro 19, 2003

Um churras

E logo mais tem um churrasco daqui do trabalho. Normalmente gosto, é uma maneira de conhecer as pessoas com quem vc convive sob um outro prisma. Mas eu não tou lá com muito saco. Queria poder escapar.

Mas vai rolar carne, vai ser em Ipanema, tem várias coisas que me motivam um pouco a ir...


:: por Marcio | 16:59






O que será?

Me bateu um profundo desânimo hoje, não sei o porquê. Ou até sei, mas não adianta saber, os problemas seguirão iguaizinhos ano afora. E não depende muito desse peão resolver as coisas. Só o tempo...

Mas é isso. Tou desanimado. Mas isso passa...


:: por Marcio | 16:53




quinta-feira, dezembro 18, 2003

Festas

Confesso que não tenho lá muita paciência pras 'festas' de final de ano. Até um tempo ainda achava reveillon um lance legal. Mas a data sempre lembra do suicídio de uma tia, no dia 31 de dezembro de 1997. Desde aquele ano bom que passei numa capela mortuária, nunca mais foi a mesma coisa. E bom, não passa de mais uma data como qualquer outra. Eu participo da festa, fico meio alteradinho emocionalmente, mas já foi pior. Agora, é um momento legal pra se reunir com alguns amigos, fazer uma janta, tomar umas berejas, coisas assim...

Se o Papa Gregório não tivesse imposto o calendário que inventou, sequer teríamos essa data, mas outro final de ano, outra composição de calendário, enfim. O calendário da lua faz muito mais sentido, aliás.

Já o natal, a minha relação é ainda de maior descrença. Não acredito em Deus, me posiciono no rótulo vago de agnóstico(não creio, nem descreio, resumindo...) Assim, o Natal não tem lá muito sentido pra mim. Como tem pra minha família, mesmo que não sejam também religiosos, eu aproveito e passo sempre com eles, em Pelotas. Ainda mais depois que vim embora, a combinação ficou sempre que passo lá o Natal e fico livro no Ano Novo. Razoável. Me livra da depressão dos meus pais no final de ano.


:: por Marcio | 17:01






As férias dos outros

Eu já falei que não vou ter férias, quase. Mas ao menos vou poder aproveitar o período de janeiro e fevereiro pra ter mais sossego, com as férias do resto do pessoal aqui do trabalho. Vamos ficar apenas eu e duas colegas, durante um bom tempo de janeiro. Vai ser um tempo pra ficar de bobeira os dias inteiros, vou poder aproveitar pra estudar pro concurso que eu ainda tou inscrito e ler, tanto literatura quando material da faculdade, adiantando a matéria.

Se não tenho a minha, vou aproveitar as férias dos outros, ao menos.


:: por Marcio | 16:50




quarta-feira, dezembro 17, 2003

Caixas

O dia hoje está sendo pesado. Literalmente.


:: por Marcio | 14:25






Não resisti

Tive hoje uma tremenda vontade de comprar um maço e fumar uns cigarros. Amanhã passa.


:: por Marcio | 14:24




terça-feira, dezembro 16, 2003

O fascínio d´O Sobrado

Em razão de um texto que resolvi escrever, reli ontem uma parte d´O Tempo e o Vento, do Érico Veríssimo, que é considerada por muitos(e por mim dentre eles) a maior obra da literatura gaúcha de todos os tempos, sendo seu autor também considerado o maior escritor. Li a parte chamada O Sobrado, que é fragmentada ao longo dos dois primeiros volumes. Trata da revolução de 93, quando Licurgo Cambará fica cercado dentro de sua própria casa com a família e alguns peões resistindo a um cerco dos federalistas, enquando os republicanos, que estavam vencendo a guerra naqueles dias, não chegam para retomar a cidade.

O talento de um escritor se faz justamente em contar coisas em detalhes, na minha opinião. A capacidade de descrever situações, sentimentos e fatos com precisão. Nesse sentido o texto de O Sobrado é perfeito.

Quem se interessa em conhecer a história antiga do Rio Grande do Sul, vale a pena ler O Tempo e o Vento, ao menos seus dois primeiros livros(são sete, ao todo).


:: por Marcio | 08:40




segunda-feira, dezembro 15, 2003

Passei!

A cadeira de Teoria Geral do Processo I é um verdadeiro trauma. Na primeira vez, desisti antes do final do semestre, por razões de ordem pessoal. Na segunda vez, fui até o fim mas rodei. Finalmente consegui passar, não sem sofrimento. Nota 6,2. Finalmente consigo avançar um pouco na minha faculdade.


:: por Marcio | 13:43






O ditador no buraco

E o Saddam foi pego num buraco. A brincadeira ontem aqui em Porto era que no dia de ontem o Saddam e o Grêmio saíram do buraco.

Mas que coisa louca, não? O cara, com os milhões que poderia ter, vai se socar num buraco no meio dum monte de mato pra fugir da perseguição. No mínimo impressionante que ele não tenha saído do país, um sinal de coragem, afinal.

Mas nesse jogo nenhum dos dois lados é bonzinho. É de lamentar que essa prisão reforça o poder de Bush e uma possível reeleição desse imbecil, certamente personagem certo da história universal da infâmia.

O que mais me impressionou foram os jornalistas e assessores políticos gritando "Morte a Saddam", quando os chefes anunciaram a prisão do dito cujo. Dizer que beira ao fascismo é ser generoso. Fascimo puro.


:: por Marcio | 10:30




sexta-feira, dezembro 12, 2003

Casório Islâmico

Vou ao casamento do Roger, no domingo. Ele é um amigo de muitos anos, de Pelotas, convivemos muito entre 94 e 98, grande companheiro dos melhores anos de militância e sonhos revolucionários. Da época em que acreditávamos mudar o mundo. Pouco depois, ele deixou um pouco de acreditar, ou ao menos passou a querer mudar o mundo de forma um pouco diferente. Ele se converteu ao islamismo. Eu sigo marxista, revolucionário, essas coisas todas, mesmo um pouco desiludido com a maioria do PT.

Ele mudou pra Porto Alegre um ano antes que eu, mas nunca mais convivemos. Nunca vou esquecer de quando falei pra ele, em 2000, num dia em que a gente almoçou aqui, que eu tava namorando com um cara. Ele teve um choque, queria de todas as maneiras entender, foi conversar com nossos amigos de Pelotas, preocupado. Como não viu guarida para sua pretensão de me "ajudar", apenas se afastou um pouco mais. Eu não cheguei nem a me chatear muito. O cara tem as convicções dele, mesmo que equivocadas, deixa ele crer.

Agora ele tá se casando, domingo. Com uma moça também do islão. Me ligou convidando. Vão estar os demais amigos da terrinha e eu estarei indo. Creio que devemos cultivar a tolerância, demonstrar que as amizades permanecem mesmo perante algumas diferenças e ressentimentos. Com quem se compartilham as dores de tantas derrotas, como com meus amigos de Pelotas, fica uma cumplicidade que não é qualquer coisa pra abalar.

Será nosso encontro anual: eu, Roger, Guilherme e Fábio. Costumamos nos encontrar nos natais em Pelotas. Todo ano, desde 99, a gente consegue se encontrar, apesar de tudo.


:: por Marcio | 10:11




quinta-feira, dezembro 11, 2003

2003 está a se acabar

Tenho quase certeza de que passei ontem no Grau C que tive que fazer em Teoria Geral do Processo I. Mas creio que passei. Tirei vários livros na Biblioteca e também deixei meu requerimento de matrícula. Talvez não vá mais na Unisinos esse ano.


:: por Marcio | 14:14




quarta-feira, dezembro 10, 2003

O desprazer de nunca ter férias

Desde que comecei a trabalhar, nunca tirei férias, na acepção clássica da palavra, ao menos para um sujeito classe média porto alegre, como eu, que vai pro litoral, coisa assim.

Minhas férias sempre foram parceladas: uma semana agora, mais duas no meio do ano, mais uma não sei quando, a perder de vista. Agora vai ser assim, mais uma vez: vou tirar uns dias antes e outros depois do carnaval. Estou nesse novo trabalho há apenas quatro meses. Vou tirar uns dias, só. Devo passar aqui em Porto Alegre mesmo. Tou pensando em aproveitar pra ler e escrever. Será a oportunidade pra me jogar em alguns projetos que não tenho tempo de tocar no tempo que tenho atualmente em casa, tipo o meu romance. Pretendo ter alguns escritos prontos pra a partir do ano que vem começar a concorrer em concursos.



O que tem de bom nesse período de dezembro a fevereiro é que Porto Alegre fica mais tranquila. Ferve, mas está vazia. É horrível, gente, vocês não tem idéia: sai fumaça do asfalto, quase. Tudo transpira. Mas ao menos você vai ao cinema e não tem fila. Vai pegar ônibus, pode sentar. Vai ao super e pode circular com espaço. É outra vida. A cidade fica mais humana. O negócio é aproveitar os aspectos bons, já que temos que estar por aqui, mesmo. É amar Porto Alegre, já que férias de verdade, que é bom, nada...


:: por Marcio | 13:35








"Quero ser Rubem Fonseca"

Quando eu crescer, quero ser que nem o Rubem Fonseca. Desde pequeno, li bastante coisa dele, tipo A Grande Arte, um dos melhores romances policiais contemporâneos, a meu ver, que deu origem a um bom filme, também, dirigido pelo Walter Salles Jr. Mas especialmente pelos seus contos, Fonseca é um dos grandes autores brasileiros vivos, com uma criatividade sem igual, além de um requinte na escrita que faz a diferença pra autores que ficam apenas no mediano. Tem uma forma de abordar o submundo que só ele tem. É um dos meus ídolos, sem sombra de dúvidas.

Fazia anos que não aparecia em público. Na semana passada(e esse post tá atrasado, por sinal!), recebeu no México o Prêmio Juan Rulfo, consagrado aos melhores autores latino-americanos, entregue pelo também excelente Garcia Márquez. O foda é você ser um escritor do talento dele e não ter lá grande reconhecimento. Os jornais mostraram o prêmio, mas muito menos do que quanto Alexandre Pires cantou com o Bush na Casa Branca, por exemplo. Sendo que...

Mas é isso: devemos nos orgulhar de ter um escritor como ele, mesmo que seja um grosso, não dê entrevistas e nos prive, assim, de muita coisa que poderia contribuir na nossa discussão política ou cultural. Mas se não fosse assim não seria Rubem Fonseca.

A melhor parte da entrevista que deu foi quando uma jornalista perguntou qual era a fórmula para construir o conto perfeito, ao que ele respondeu: "Leiam Rubem Fonseca!" Não deixa de ser uma verdade.


:: por Marcio | 08:12




terça-feira, dezembro 09, 2003

Discos

Parei ontem durante um tempo para organizar meus CDs, agora que estão todos na nova casa. Fazia algum tempo que não reunia todos, se é que já tinha conseguido essa façanha aqui em Porto Alegre.

Eu perdi muitos ao longo desses anos. Quando morava com o Fabiano, um amigo nosso, Alex, pegou perto de uns vinte discos e levou embora, quando foi pra São Paulo. Ainda antes disso já tinha sido aliviado em alguns CDs por outro "amigo". Apesar do que o Alex fez lembro com saudade daquele pilantra, um dos personagens mais incríveis que já conheci.

Mas voltando aos discos: tinha todos da Adriana Calcanhoto. Agora vi que o primeiro sumiu. Terei que achar, é meio raro. Da Cássia Eller falta apenas um dos primeiros, não menos raro de achar. É o primeiro, creio eu, sem nome. Do Legião, me faltam alguns, mas tenho todos os "regulares", por assim dizer. Falta apenas o "Música para Acampamentos"(aliás, um bom presente de natal, se alguém quiser me dar) e esse último disco ao vivo, lançado recentemente, coisa de um ano, dois atrás. E falta os solos do Renato também.

Queria ter todos do Cazuza. Mais do Chico, tenho apenas uns quatro ou cinco dele. Três da Bethânia, três dos Paralamas. Engenheiros, Frank Sinatra. Além de tudo, sou bem eclético. Do Paul Simon ao Paulo Ricardo. É bom que eu ao menos nesses meu primeiro quarto de século tenha conseguido acumular livros e discos. O resto é bobagem!


:: por Marcio | 08:39




segunda-feira, dezembro 08, 2003

Achado

Pra quem curte saber sobre técnica literária e/ou tem pretensões para escritor, vale olhar o sitio Parágrafo, auto-intitulado "Manual de sobrevivência do novo escritor". Mesmo carecendo de mais conteúdo e maior atualização, tem coisas interessantes que fazem dele um grande achado.


:: por Marcio | 16:25






Lendo muito

Estou num ritmo forte de leituras. Teve um tempo aqui em que eu só contava dos muitos filmes que eu tinha visto. Era um por dia, às vezes mais. Agora, tou com os livros. São fases.

Nesse final de semana, além de ler muito jornal, tomar muito chimarrão e visitar familia, ainda li muito. Li um livro de contos do Caio Fernando Abreu(1958-96), chamado Fragmentos. Eu ainda não tinha lido nada do Caio, a não ser textos no jornal, quando ainda era vivo. Gostei muito, viu. Ele segue à risca a idéia de que literatura é transgressão. Fala de um universo que eu quero falar, também: homossexualidade, descobertas, drogas, Porto Alegre, noite, sexo, essas coisas boas e chocantes. Quero rapidamente conseguir outros livros dele. Virei fã. É interessante a gente "se ver" numa obra. Especialmente destaco "Aqueles dois", que até já foi adaptado para o cinema, um conto excelente sobre dois homens de trinta anos que vão se descobrindo um pelo outro.


:: por Marcio | 08:31




sábado, dezembro 06, 2003

Volta

Fazia tempo que não saia pra noite. Fui ao Ocidente. ava muito bom, não tão cheio como eu outras oportunidades. Quando o Sérgio me ligou convidando, não tive muitos segundos de dúvida e fui. E estava precisando. Vou sair mais em 2004.


:: por Marcio | 08:53




sexta-feira, dezembro 05, 2003

Só as mães...

Vi minha mãe agora. Veio tirar uns dias na terra boa. É sempre confortante ver a mãe, por mais que estejamos cansados, tristes ou o que quer que seja, você sempre sente-se mais abrigado. Mãe é mãe. E vice-versa.


:: por Marcio | 12:57






Mais uma vez

É bem complicado. Relação, infelizmente, envolve duas pessoas. Não depende apenas das suas qualidades e dos seus defeitos. Depende de outra pessoa também. E essa outra pessoa pode ser um completo imbecil.

Mais uma decepção, mais uma virada em questão de alguns dias. Mas agora é pra valer. Agora sou eu que não quero mais.

Não me procura não
Você não vai me achar


:: por Marcio | 08:32




terça-feira, dezembro 02, 2003

Texto produzido como "lição de casa" na Oficina Literária:

A ESPERA NA "CASA VELHA"

Saber qual é a nossa primeira lembrança sempre é motivo para dúvidas. Ninguém pode ter absoluta certeza em relação às primeiras cenas sua vida que lhe vêm à lembrança. A capacidade de organizar cronologicamente lembranças da primeira infância é algo que foge a qualquer pessoa. Uma vez tive de agüentar uma amiga contando que lembrava do dia em que havia nascido. Impossível! Qualquer pessoa minimamente séria contará lembranças de seus dois anos de idade ou mais. Uma pena, inclusive. Se fosse possível, gostaria de lembrar dos meus primeiros dias, quando meus pais certamente estavam encantados com o primeiro filho, meus avôs com o primeiro neto, meus tios com o primeiro sobrinho. O carinho e a atenção da qual é beneficiária uma criança nessas condições é maior que o normal, que qualquer bebê já vive.

Minha primeira lembrança é vaga. Quem contar em pormenores, estará mentindo. Lembro de estar em companhia de minha avó paterna, numa noite de um final de semana, provavelmente um sábado. Ela contava histórias e cantava, como faz até hoje, procurando amenizar meu choro, que raramente dava um tempo.

Curiosamente, éramos apenas os dois na enorme casa onde morava toda a família de meu pai. Naquela época deviam morar minha avó, meu avô e seis tios. Havíamos mudado - eu, minha mãe e meu pai - para Taquara, onde ele havia assumido o emprego do Banco do Brasil, quando eu tinha menos de um ano. Íamos a Cachoeira do Sul com freqüência mensal, aproximadamente. Mas eu falava era da casa: ela era uma casa grande, de dois andares. O maior, onde ficavam os quartos, sala e quase todas as peças mais importantes, ficava no nível da rua. Outro piso, menor, tinha porão e outras dependências, além de um enorme pátio. Também me vêm memórias de alguns banhos de mangueira que tomava com meu tio mais novo, o Afonso. Eram motivo de grande alegria para mim.

Não tenho certeza do que faziam meus pais. Mas aquela situação durou algumas horas. Deveriam ter ido a alguma festa, algum jantar, em Cachoeira mesmo. A casa me apavorava um pouco. Era uma casa com problemas na sua estrutura, já. Era habitualmente chamada como "a casa velha", na nossa família. Alguns anos depois, enquanto morávamos em Goiás - em mais uma das empreitadas que iam se tornando normais para um filho de bancário naqueles tempos -, a casa foi vendida e, mais alguns anos depois, demolida. Naqueles dias da minha primeira lembrança os ratos já faziam parte da casa. Passavam correndo em meio a reuniões de família ou no quarto, enquanto eu tentava dormir. Eu tinha pânico. Parecido com o medo que tinha de que meus pais não voltariam. Isso me fazia chorar. Nem as canções da minha avó não amenizavam meu sofrimento. Nem o Genius do Afonso, um dos meus brinquedos preferidos, com suas quatro cores fortes que ainda lembro - azul, amarelo, vermelho e verde - não era capaz de fazer aquela criança parar de chorar. E perguntar: "Que horas eles chegam?". Lembro que eu pedia para eles comprarem um para mim. Jamais ganhei. Outro brinquedo que namorei durante toda a infância sem nunca ter ganho foi um autorama. Meu pai alegava que era caro demais. Eu perguntava para minha avó se eles comprariam um Genius para eu levar para Taquara. Ela enrolava. "Mas eles prometeram..."

Para a sorte da minha avó - e de meus pais, não existia celular naquela época. Certamente hoje, se uma criança faz aquela gritaria toda, já se liga para os pais, já se termina com o lazer dos pobres pais, jovens ainda, querendo ver os amigos, aproveitar as delícias da noite.

Nada foi capaz de amenizar minha ansiedade. Apenas uma coisa foi capaz de terminar com aquela situação dramática: ao ouvir o ronco do motor da Kombi branca, corri desesperado para abrir a porta que dava para o pequeno pátio da entrada da casa. Eram meus pais. Minha alegria foi tão grande que parei de chorar. Me agarrava com força a eles. Nem lembrei da promessa de que eles voltariam com um Genius para mim.


:: por Marcio | 13:56






Noite sem sono, noite de leituras

Não consegui dormir quase nada hoje. Era quatro da manhã e ainda lia. Terminei de ler o Horácio Quiroga e também um livro de contos do João Silvério Trevisan, chamado Troços e Destroços. Voltei a ler contos. Nunca tinha dado muita atenção a essa parte importante da literatura. Agora tou vendo a importância e as preciosidades que existem nesse gênero. Outro gênio dessa arte é Cortázar, da qual vou terminar hoje de ler Todos os fogos o fogo. E, pra contrastar, tou começando a ler o puxado Evangelho Segundo Jesus Cristo, do Saramago.


:: por Marcio | 13:45




segunda-feira, dezembro 01, 2003

Ampliação

Comecei semana passada um projeto de muito tempo: participar de uma Oficina Literária. Tenho a impressão de que será um grande acréscimo para mim, não só porque poderei ter acesso a um "apoio técnico" de um escritor que eu admiro pra caramba desde a adolescência, mas também pelo fato de ele dar dicas de leituras e apanhados de história da literatura que achei fascinantes. Nesse final de semana li quase todo o livro de um contista uruguai chamado Horácio Quiroga, que ganhamos na primeira aula. Estou impressionado. A Oficina Literária, ao que tudo indica, vai abrir em muito meus horizontes.


:: por Marcio | 10:57








Sempre que eu digo pra alguém que leio Bruna Lombardi as pessoas riem. Imaginam que ela seja uma burra. Preconceito, só porque ela é uma das mulheres mais bonitas que o país já viu. Mas ela é uma boa poetiza. Aprendi a gostar com a minha amiga Andréa, que lia sempre, sempre declamava quando eu visitava ela. Fui ler e gostei. Já dei de presente para muitas amigas, inclusive minha irmã. Alguns poemas dela falam da condição feminina de forma belíssima, tocante. Fala de paixão de modo a você pensar "queria ter escrito isso". É o caso desse poema abaixo, que catei ontem:

SEDUÇÃO

Dentro de mim mora o animal
indômito e selvagem
que talvez te faça mal

talvez uma faísca
relâmpago no olhar
depressa como um susto
me desmarcare o rosto
e de repente deixe exposto
o meu pior

em mim germina
um força perigosa
que contamina
uma paixão vulgar
que corta o ar e que
nenhum poder domina

explode em mim
uma liberdade que te fascina
sopro de vida
brilho que se descortina
luz que cintila, lantejoula
purpurina
fugaz como um desejo
talvez te mate
talvez te salve
o veneno do meu beijo


:: por Marcio | 08:45