quarta-feira, abril 30, 2003
Eu tenho tido uns sonhos muito loucos. Acho que todo mundo têm. Os meus nunca fazem muito sentido, são sempre meio surreais. O que eu achei engraçado foi o sonho que um ex-namorado meu teve: disse que sonhou duas vezes que eu tinha uma filha, que tinha me visto empurrando um carrinho de nenê...
Eu queria mesmo... mas agora eu tou sem grana pra sustentar uma cria... De resto, é um dos sonhos da minha vida.
Eu sou um egocentrico "do caralho". Especialmente no que se refere ao que considero meu maior talento: escrever. Fiquei hiper orgulhoso de receber um mail pedindo pra reproduzir um texto do Antídoto, um projeto que infelizmente morreu, mas pretendia ser um "blogzine" sobre assuntos relacionados à comunidade gls, ou lgbt, ou coisa assim... Legal. Será num jornal de bairro aqui de PoA.
segunda-feira, abril 28, 2003
Acho que gosto de São Paulo
Gosto de São João
Gosto de São Francisco
E São Sebastião
E eu gosto de meninos e meninas...
quarta-feira, abril 23, 2003
Atraso
Voltei pra minha cidade. Brasília é estranha, espaçosa demais. Mais que isso, não sei. Mas foi super bom. A vida, na média, tá sendo legal.
Ah, desculpe aos amigos que eu tou devendo resposta. Já vi meus mails mas ainda não respondi...
quarta-feira, abril 16, 2003
Porto Alegre é demais
Eu nunca faço isso, mas vamos lá: eu amo Porto Alegre. Já disse isso alguma vez pra ti?
Lembrei disso hoje quando passava por dentro de um túnel, curiosamente. Sei lá porque, mas lembrei que essa cidade é linda!
Indo pra Brasília
E eu vou fazer o contrário da maioria: tou indo pra Brasília no feriadão, pra uma atividade do Partido. Mas há de ser legal... Ao menos vou me divertir, beber, ler, me chapar, discursar e dar beijo na boca...
Pensando bem, tá melhor que passar com meus pais comendo chocolate. Comer chocolate engorda. Beber, ler, discursar e dar beijo na boca não... Apenas beber, um pouco...
De outras páscoas
Hoje eu fiquei um pouco nostálgico ouvindo uma criança sendo puxada pela mãe no final de tarde que cantava musicas de páscoa. Lembrei de quando eu saia nos finais de tarde da aula completamente entusiasmado com as músicas que nos eram ensinadas - as mesmas que o piá cantava, por sinal.
Tem vezes em que você se arrepende de ter crescido...
quinta-feira, abril 10, 2003
Las guerras son una massacre entre personas que NO se conocen para provecho de otras que se conocen! Pero no se masacran!
Extraído do Fotógrafos contra a guerra, site muito bonito, que merece ser visto.
Avaliações esquisitas
Eu não sou muito coletivista com meus estudos. Sempre me acho melhor que os meus colegas, até porque a maioria dos estudantes sempre quer apenas nota e sugar os outros. Fiquei impressionado ontem quando fui fazer uma prova e a professora ofereceu a possibilidade de fazer uma prova em dupla... Que coisa esquisita... Fiz a minha sozinho. E fui bem.
quarta-feira, abril 09, 2003
O Anti-Vício
Ontem resolvi fumar. Saiu um maço em poucas horas. Sobraram dois cigarros que hoje não me animo a consumir. Até porque enjoei. Que bom!
segunda-feira, abril 07, 2003
Surto Doce
Fazia tempos que conseguia me controlar no meio "meio-regime", mas hoje surtei e comi muito doce. Tou começando a achar que foi pro saco minha disciplina nessa matéria.
Outra coisa que vale a pena ver é As Confissões de Schimidt. O filme é simples, tem um roteiro mediano, que emociona e tal. É uma boa reflexão sobre o sentido da vida da gente, sobre as relações(tanto de um casal como relação pais-filhos) e sobre a velhice. Mas o que vale mesmo é Jack Nicholson, sempre brilhante. Com suas caras de sempre faz a gente se divertir e se emocionar, como sempre. Saí do cinema adorando ele ainda mais do que já o adorava.
Fui assistir Frida, um dos filmes mais badalados do momento. São as desvantagens... Cinema lotado. Você percebe a falta de educação das pessoas para conviverem em coletividade por duas horas, que seja. Celulares tocando o tempo todo. Pessoas chegando vinte minutos atrasadas e o cinema deixando entrar. Coisas de cinema lotado...
Quanto ao filme: a história de Frida Kahlo é sensacional. Conhecia alguma coisa já, achei legal. E sob este aspecto o filme brilha, porque é relativamente fiel à loucura da personagem. A Salma Hayek não brilha, mas não compromete. Mas achei o filme exagerado, plástico, colorido demais. E aquela musiquinha do Caetano do final não tem nada de mais... Mas vale a pena ver...
sexta-feira, abril 04, 2003
Pirado. Bizarro. Surreal! São alguns dos adjetivos que você pode usar pra qualificar Durval Discos, de Anna Muylaert, vencedor do Festival de Gramado do ano passado. Tem dois atores principais com atuações sensacionais(Ary França, bizarro que só ele e Etty Frazer, sensacional). Tem um começo super curioso, com a história da loja que se nega a vender CDs e de um filho solteirão em uma relação com uma mãe pirada. Depois, ele dá uma virada incrível no roteiro que o torna uma espécie de suspense, mas muito comediado. Achei legal, me diverti muito. Achei ruim foi justo a participação das duas atrizes mais "globais", Letícia Sabatella e Marisa Orth. Do ruim pro péssimo. Mas como aparecem pouco não chegam a comprometer os méritos do filme.
Mais um filme brasileiro que merece aplausos!
quarta-feira, abril 02, 2003
muito barulho por nada
Eu passei mais de uma semana em função de um trabalho a ser entregue segunda. Me matei. Fui pra biblioteca duas tardes, corri, digitei, perdi o arquivo, digitei de novo. Cheguei na aula sem estar com o trabalho pronto mas cheio de justificativas e dos rascunhos pra mostrar meu esforço. E dai eu descubro que o trabalho era para ser feito em aula, não entregue pronto e que consistia em responder quatro questões bobas preparadas pela "profi". Fiquei pra morrer. Tanto esforço pra quase nada... Só restou o fato de que eu sou fera em regimes de bens do casamento.
Inspiração
As Horas mexeu tanto comigo que domingo, ao chegar em casa, finalmente consegui estruturar uma história. Quero agora conseguir de alguma forma me programar pra conseguir escrever em paz. Vendo a loucura da Virginia Woolf, eu talvez tenha percebido que posso ser escritor também...
E ontem fui ver O Pianista, de Roman Polanski. Era o outro filme que mais me interessava nessa "safra do Oscar". O filme é preciso tecnicamente e, principalmente, emocionante como história. Eu não chorei, mas minha companhia sim, horrores. E tem cenas em que realmente ele faz você se emocionar, cenas fortíssimas ou simplesmente sensíveis o suficiente para você se emocionar. Uma das coisas mais tocantes do filme é a questão da fome por que passam os personagens. Uma das cenas mais chocantes pra mim foi quando a família protagonista divide entre seis um caramelo. Além dessa, outras cenas são cortantes nessa aborgagem da fome.
É um filme pra se pensar muito, porque ele não trata de coisas do passado. Nesse exato momento em que escrevo essas coisas, no momento em que eu via o filme e em vários outros momentos, o povo iraquiano está sofrendo essas mesmas coisas que já sofreram outros povos em outras épocas por pura insanidade de algumas pessoas, pela intolerância generalizada. Sendo bobinho, "porque algumas pessoas são más".
O Pianista é um soco no estômago de qualquer pessoa. E um apelo pela paz. Mas não qualquer paz... Porque essa bandeira da paz, como coisa abstrata não resolve. Só teremos paz o dia em que não tivermos mais capitalismo, que é o que faz as guerras acontecerem, a ambição ser permanente, a intolerância aumentar a cada dia...
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