quinta-feira, fevereiro 27, 2003
E eu vou fazer um carnaval bucólico. Vou para Santo Antônio da Patrulha, uma cidade do litoral, mas fora da faixa litorânea. Tratando hoje do assunto descobri que o lugar onde fica o sítio tem acesso de ônibus a cada dois dias, apenas. Com isso, teremos de ir amanhã de tarde e voltar na quarta, pegando o ônibus as 6h. Mas vai ser legal cozinhar, caminhar, ler, essas coisas. Não tenho dúvidas de que vou conseguir descansar, finalmente, curtir uns dias felizes sem nem precisar gastar muito dinheiro. Vou terminar de ler As Duas Torres e vou levar mais alguma coisa, um ou dois livros grossos. E alguma coisa também de contaúdo da faculdade. Vai ser bom...
E volto a me pronunciar apenas depois do carnaval. Desejando pra que todos curtam muito esses dias. E que a Mangueira seja Bi Campeã do Carnaval do Rio.
quarta-feira, fevereiro 26, 2003
Quem lê esse blog e/ou me conhece sabe que eu me dedico muito às formas que eu acredito que podem mudar o mundo. Pra isso que eu faço política. É a forma mais lógica(não a mais cômoda) para mudar o mundo. Em razão destas convicções, eu tenho orientado minhas prioridades de agenda, estudos, leituras e tudo o mais. É uma opção de vida que me faz útil e feliz, mesmo que muita gente não entenda.
Nunca fui de caridade. Acho que não tem contradição nisso. Pra mim a caridade resolve o momento instantâneo, mas não muda a vida das pessoas, substancialmente. Ou muda a vida de uma ou outra pessoa, não a coletividade. Pra mim as coisas só vão mudar de verdade e todo mundo ter acesso ao que acha necessário pra viver quando o mundo deixar de conviver sob o regime capitalista, onde a maioria produz a riqueza que beneficia a minoria(minoria meeesmo!).
Apesar de não considerar a caridade uma forma ideal de resolver problemas, ela de fato amenisa a dor das pessoas que, diferente de mim, não estão em condições mínimas de dignidade e/ou sobrevivência. Por isso, não critico programas governamentais ou de entidades da sociedade civil apenas por serem caritativos. Acho errado quando as coisas são exclusivamente caritativas. Penso que aliar a caridade com uma ação de longo prazo que vá melhorar a vida das pessoas - dar um prato de comida vinculado à obrigação dessa pessoa aprender a ler e escrever e seguir estudando, por exemplo ou colocar seu filho a estudar - é uma forma melhor de melhorar as coisas. Mas melhorar não é mudar. Mudar é fazer revolução.
É!!! Revolução, tipo aquela que teve na Rússia em 1917 ou em Cuba em 59... Violência? É o que a gente vive hoje!
Mas enfim, todo esse papo de fundo político/filosófico é pra dizer duas coisas:
1. Que o programa Fome Zero do Lula é uma das coisas mais importantes que um governo já fez na história do Brasil. E que uma parcela grande daqueles que criticam jamais moveram uma palha pra minorar o sofrimento das pessoas. Pelo contrário. Claro que o programa pode ser melhor do que é, mas ao menos estamos falando em fazer as pessoas pararem de passar fome. A partir dai - e espero que assim seja - podemos pensar em outras coisas que possam ir fazendo esse país amadurecer na sua consciência democrática e quem sabe um dia chegarmos aonde a gente sonha. A tal da revolução. E quem sabe ela possa ser menos violenta que outras e mais sólida, de forma a não fracassar.
2. Que eu achei louvável a iniciativa do blog A História de Lucas, organizado por uma blogeira que viu bater à sua porta uma moça HIV positiva com seu filho, igualmente soropostivo. E a partir do blog, ela organiza uma rede de apoio à moça, comprando coisas pra ela, ajudando a melhorar as condições de vida da família e da criança. É isso, melhor você fazer caridade do que explorar os outros, ficar fodendo a vida do semelhante. Aplausos aos blogueiros "supracitados", como os advogados gostam de dizer.
Finalmente, vou sair de "férias": fechei um programa pro Carnaval fora de Porto Alegre. Vou pra um sítio de uma amiga numa cidade na região do Litoral. Não vai ser na praia, mas tem chance de ser muito bom, até mais econômico e mais proveitoso naquilo que tem me interessado mais, que é ler/estudar. Mas ainda queria durante o mês de março puder ir pra praia, só pra não passar um verão inteiro sem ver o mar...
Mas a notícia, ontem à noite, me alegrou, já que estava me programando pra ficar esses dias todos em casa vendo TV e cuidando de um podle. Isso ninguém merece!
segunda-feira, fevereiro 24, 2003
Por falar em Senhor dos Anéis, a gente muda, não é mesmo? Eu até há pouco nunca tinha prestado atenção na história. Minha avó ganhou a trilogia quando assinou a Isto É e resolvi ler. Nesse final de semana terminei o primeiro livro e comecei o segundo. Nesse final de semana vi o primeiro filme, A Sociedade do Anel. É uma história legal. Literatura infanto-juvenil, mas um lance bem elaborado, de qualidade, criativo. Sei lá, tou achando legal ter acesso a essa história. Justo num momento em que tou lendo muito na minha área, o que implica algumas leituras pesadas, é interessante estar intercalando essas coisas com uma literatura tão criativa e bonita como a obra-prima de J. R. R. Tolkien. Essa semana vou ver o segundo filme, que parece estar por sair de cartaz, já...
Vi também o making off do filme e fiquei impressionado, como já havia ficado com o filme, com a produção cuidadosa, que consumiu dois anos inteiros para produzir os três filmes de uma só vez. Vencedor de quatro Oscar no primeiro filme, está indicado a vários prêmios na edição desse ano. Provavelmente vença novamente em algumas categorias técnicas, porque é impressionante, mesmo, na sua fotografia, maquiagem, efeitos especiais, som, essas coisas...
Fim de semana aproveitado, mas pouco proveitoso. Tipo... estudei muito, li muito, vi um filme. Estive na minha avó duas vezes, procurei aproveitar como dava. Mas ontem, especialmente, fiquei meio chateado. Tentei de alguma forma localizar alguém pra conversar um pouco, trocar idéia e não achei ninguém disponível. Nessas horas bate uma paranóia de que você é rejeitado. Bobagem, mas ainda assim bate... A sorte é isso, que pude estudar e avançar na minha leitura do Senhor dos Anéis.
sexta-feira, fevereiro 21, 2003
No final da tarde de ontem, estava decidido a ir pra Unisinos pesquisar uns lances na biblioteca. Coisas do entusiasmo das primeiras aulas. Depois você passa a ter dúvida se vai mesmo nos dias em que tem aula.
No entanto, como fui encontrar o Eric no Mercado Público pra ir pra Uni junto, acabei bebendo uma, duas, três e mais cervejas, desisti de ir pra lá. Dai pra frente, coisas que a cerveja faz com um sujeito: inventei de pegar um ônibus que me largaria no Iguatemi. Chego lá, erro a senha do cartão do banco e acabo com ele bloqueado. Resultado: nem pude pagar as contas que me levaram ao Shopping nem pude ir ao Supermercado. Tinha dinheiro apenas para voltar para casa, bêbado, mau humorado e com um compromisso para hoje, que é ir até a agência do banco liberar o cartão. Isso que dá beber em meio de semana...
quinta-feira, fevereiro 20, 2003
Ortodoxia
Eu sou um pouco conservador com algumas coisas. Não, não seria conservador. O certo seria mesmo ortodoxo, um termo mais usado para política. É que conservador lembra ser contra avanços sociais, contra liberdades individuais. E isso é tudo o que eu não sou. Mas sou um pouco ortodoxo mesmo. Resistente a algumas mudanças que não são necessárias mesmo. Assim, não sou fácil de ser convencido a usar um produto de marca menos tradicional. Por vezes prefiro mesmo pagar mais caro e seguir usando um sabão em pó OMO, por exemplo. Outro dia a empregada da minha tia comprou um outro sabão mais barato e manchou uma camiseta das que mais estimava. Fiquei fulo, mas fiquei na minha. A ortodoxia - no caso, usar o bom e velho OMO - funciona. Está lá minha camiseta linda da Levi´s com uma mancha azul sobre o bege p´ra comprovar.
Mas tudo isso é porque eu tou super inconformado com a definitiva mudança da entrada nos ônibus urbanos de Porto Alegre. Há quatro anos, só se entrava na porta traseira e saia pela frente, à exceção dos casos distintos, como portadores de deficiência, gestantes e pessoas com passe livre(idosos, especialmente). De uns três anos para cá, começaram a testar a entrada pela frente e saida pelos fundos em algumas linhas. Tinha visto isso apenas em Rio Grande e Brasília. Nunca tinha gostado. A experiência foi sendo avaliada como positiva e avançando. Nesse mês, todos os ônibus da cidade foram obrigados a passar a ter esse fluxo, que já não é mais experimental, mas definitivo em 100% das linhas. Alegam várias coisas que fazem sentido, como mais segurança ao cobrador por estar próximo do motorista, mais segurança no desembarque, evitando os atropelamentos de quem sai pela frente do ônibus sem enxergar os carros, dentre outras coisas. Ainda assim, eu não gosto de entrar pela frente, vou continuar não gostando. Tem coisas que parecerão sempre desnecessárias, por mais que todas as evidências mostrem que não.
Alguém tão avançado em tanta coisa como eu sou precisa ser ranzinza e resistente em outras, se não, não tem graça!
Eu acho que vou até lançar uma campanha: "EU QUERO ENTRAR PELOS FUNDOS NOS ÔNIBUS"!
A vida nem sempre é bela
Quase todos os dias em que eu pego a linha 525 - Rio Branco - Anita já está no ônibus um menino muito bonito. Ele tem uns 20 anos, pra mais. Na verdade não é muito bonito. Ele é bonito, apenas. Não se enquadra no tipo que anda na rua e todo mundo olha porque é o supra-sumo do padrão de beleza. Mas me agrada. Se veste bem, tem uma aparência legal, sei lá. Cabelo preto, barba cerrada sempre bem feita(melhor que eu que sempre relaxo uns dias).
Pena que nunca olhou pro lado sequer, em todos esses dias...
Eu tou impressionado com esse meu "início de ano". Segunda era pra ter tido a primeira aula mas rolou uma coisa "meio universidade pública": a professora não foi, mandou um trabalho, apenas. Ontem tive a primeira aula mesmo, já com conteúdo. Peguei alguns livros pra revisar os conhecimentos e tentar embalar. Encontrei um monte de gente que não via pessoalmente fazia tempo. Coisas que só a Unisinos faz por você...
Além disso, começou a fazer frio e eu acho que tou apaixonado... mas só acho... nada de certezas...
E pra quem não teve ainda a chance de ir ao mar esse verão, acho que o meu Carnaval pode ser razoável. Não vai ser no Nordeste... na verdade vai ser em Pinhal ou Cidreira, mas tá bom...
quarta-feira, fevereiro 19, 2003
As aulas recomeçaram. Sempre há um clima de interesse muito especial da gente nesse período. Mas no meu caso eu quero transformar esse entusiasmo inicial em algo mais duradouro. Hoje tenho mais uma primeira aula. E ontem me matriculei também numa escola de francês, um projeto adiado por anos. Será um semestre pra lá de produtivo, se tudo der certo...
sexta-feira, fevereiro 14, 2003
Morreu a ovelha Dolly, primeira experiência de clonagem de um ser mamífero. Teve de ser sacrificada porque apresentava uma doença pulmonar agressiva. Antes, já se sabia que Dolly havia envelhecido precocemente. Tal fato aponta os riscos dessas aventuras com clonagens de seres. Há que se diferenciar a questão de experiências de clonagens de órgãos e tecidos com fins terapêuticos, que pode significar um grande avanço da medicina e a clonagem de seres, que é um risco para a humanidade, a começar sob o ponto de vista ético.
Que o caso da ovelha sirva de alerta aos enlouquecidos...
Fui ontem ver Gangues de Nova Iorque, de Martin Scorcese, com o sempre impressionante Daniel Day Lewis e o sempre bonito Leonardo Di Caprio.
É um típico filme "de Oscar". Super produção: bons atores, som perfeito(foi a coisa que mais me chamou a atenção), fotografia impecável, figurinos bem compostos, roteiro bem escrito e tudo o mais. Falta alguma coisa, não sei dizer exatamente o que. Mas o filme não cansa, mesmo tendo quase três horas. E também é um filme "de Oscar" porque é um épico, sobre a formação da cidade de Nova Iorque, sobre um período em que os Estados Unidos enfrentavam uma guerra civil, conflitos raciais brutais, mais as guerras das gangues, que pilhavam tudo. Era o tempo de Abraham Lincoln no poder, poucos dias antes de seu assassinato.
É antes de tudo um dos grandes filmes do ano, que precisa ser visto independente de você gostar ou não do Scorcese ou do Di Caprio. Estou curioso em ler o livro, que dizem ser muito interessante, tanto ou mais que o filme, sobre como se constitui a nação mais poderosa do mundo(gostemos ou não dela).
Ah, quando vi esse cartaz, achei que o filme era com o Belchior. Vai dizer que, no cartaz, o Day Lewis não tá a cara do grande compositor brasileiro!
quinta-feira, fevereiro 13, 2003
Ontem fui ver mais um filme. Dessa vez, Ônibus 174 de José Padilha. O documentário trata sobre a história do fatídico assalto a um ônibus no Rio de Janeiro, em que o assaltante pega uma turma de reféns e pára o Brasil em frente às câmeras durante uma tarde inteira. Foi um verdadeiro espetáculo, uma espécie de prévia do que veríamos depois com o Big Brother. Mas era vida real, infelizmente. Depois daquilo, aconteceu a mesma coisa numa lotação aqui em Porto Alegre, só que durou mais de 30 horas e a polícia, mais bem preparada e mais bem instruída, conseguiu, aqui, desmobilizar o assaltante sem vítimas, nem mesmo ele.
Já no caso em foco, uma refém foi morta e o próprio assaltante, morto já preso, asfixiado pelos policiais. Sandro, o “meliante”, era um menino da vila, viu a mãe ser morta num assalto ao seu armazém. Num país em que casos assim só chocam quando ricos são mortos em assalto. Foi morar na rua. Escapou da chacina da Candelária(feita por PMs). Mas escapou até por ali. Na ocasião, sete meninos foram assassinados. Mas outros trinta sobreviventes seriam mortos depois, como mostra um depoimento de uma assistente social no filme. Ou seja, o destino de meninos como ele é morrer mesmo. E as pessoas acham isso normal. Ele iria parar em reformatórios e cadeias, até morrer naquele final de tarde, nas mãos da polícia.
O filme fala de despreparo policial também. E sobre a brutalidade dos “populares”, que querem sempre linchar, matar os “vagabundos” que são, na verdade, iguais a eles.
Ônibus 174 me fez sair mal do cinema. Não apenas porque ingeri líquido antes do cinema, o que sempre me causa mal estar. Mas porque o filme é um soco no estômago de qualquer pessoa sensível.
quarta-feira, fevereiro 12, 2003
Assisti ontem A Igualdade é Branca. Achei realmente que A Fraternidade é vermelha é o melhor filme da trilogia, de fato... O que não desabona as qualidades de A Igualdade. E mantenho a opinião de que o conjunto dos três é interessante, a ligação sutil entre cada filme é inteligente e cada história aborda coisas interessantes. Esse trata muito da questão do amor insuperável, sobre como a gente consegue gostar de alguém sem limites, mesmo sabendo o quanto o outro é escroto, canalha, etc. E também aborda um outro aspecto que é da própria forma como o capitalismo funciona, sobre como se fazem as fortunas. Fala de depressão, existência, etc. Valeu a pena ter visto a trilogia.
terça-feira, fevereiro 11, 2003
Tenho assistido estarrecido aos noticiários e visto como o mundo está na mão dos problemas psicóticos de um louco como Bush. O cara não preza por nada além do poder bélico, do poder do capital. Estou começando a ter esperança que o resto do mundo realmente se mobilize contra "a guerra"(que na verdade não é uma guerra, mas um massacre...) Essa posição de Alemanha-França e Rússia de vetar as movimentações militares dos Estados Unidos é uma última esperança de que prevaleça o bom senso...
segunda-feira, fevereiro 10, 2003
Já estamos em fevereiro e ainda não fui à praia nesse verão. Espero que seja possível fechar o esquema que o Marcelo propôs... Seria legal passar nem que fosse um final de semana no litoral. Faz um bem danado...
Contrariei o “amigo anônimo” que comentou uns posts abaixo. Fui hoje ver mais um filme da Mostra Kieslowski, no Santander Cultural. Vi
A Fraternidade é Vermelha. E achei muito bom o filme, diferente de A Liberdade..., que tinha achado um tanto monótono. Além de este filme ter uma história mais interessante, um pouco mais de enredo, trazer discussões interessantes sobre solidariedade, privacidade, fidelidade, relações, etc, fiquei impressionado com o final do filme. Além disso, me impressionou a ligação que o diretor/autor estabelece entre os três filmes. Além da questão dos recursos que ele utiliza para reforçar a cor em enfoque do filme, que já tinha notado no anterior, que era azul. Quero conseguir até quinta, quando encerra a mostra, ver o que me faltou, A Igualdade é branca.
E a protagonista Irène Jacob é muito interessante, como já tinha dito que acho Juliette Binoche.
domingo, fevereiro 09, 2003
O time para o qual torço de verdade e que acompanhava quase todos os jogos quando morava em Pelotas, não chega a me dar muitas alegrias. Me deu poucas, na verdade, até hoje. Talvez nunca dê nenhuma. Mas até me tranquiliza torcer para o Pelotas, que está longe e pouco joga. Isso faz você não se preocupar muito com futebol.
Mas hoje, com chuva, tive duas alegrias: o Inter venceu o Grenal(detesto o Grêmio) e o querido Fluminense venceu o Flamengo, para alegria não só minha, mas dos amigos Samuel e Juliana. E por 3 a 0, melhor ainda... Em razão do rival do Pelotas, o Brasil, ser rubro-negro, desenvolvi uma especial aversão pelo Flamento, que supera mesmo a que tenho pelo Corinthians. E por ser o meu Pelotas um time de pouco mais de 10% da torcida da minha antiga cidade, isso também faz com que tenha algum tipo de aversão a times de torcidas grandes que Freud deve explicar...
Mas é isso, me diverti hoje vendo futebol!
quinta-feira, fevereiro 06, 2003
Fui ontem na missa de 7º dia de um tio-avô meu, da complicada família de meu pai. Não que sejam más pessoas... O "tio Saul" mesmo não era. Era um velhinho pra lá de gente boa com muita história pra contar. Recentemente havia visitado ele com meu pai. Morava nas vizinhanças do Palácio Piratini e Assembléia, aqui em Porto. Tinha uns oitenta anos e foi um dos pioneiros na aviação internacional no Brasil. Mas a família paterna é conservadora pra caramba, sem ser lá muito letrada. Estancieiros metidos a entender da vida... E na média, decadentes... Muito dos defeitos do meu pai tem a ver com a tradição da família.
Bom, mas o mais estranho é que pra "pagar contas" com a família, dei uma ida na missa ontem, na Catedral Metropolitana de Porto Alegre. Linda a catedral. Os ritos da Igreja Católica são bonitos, sem dúvida alguma, tanto quanto as Igrejas...
Devo confessar que já fui mais ateu... Não sei se, pelos rumos de algumas reflexões que tenho tido, não vou acabar acreditando erm Deus em breve...
quarta-feira, fevereiro 05, 2003
Como eu falava, tou retomando minha rotina. Consegui ver dois filmes essa semana.
Um deles foi O Grande Ditador, genial obra falada do Charles Chaplin, em que ele parodia Adolf Hitler. O filme é muito legal e expressa o engajamento político de Chaplin, que era um simpatizante da esquerda.
O outro filme que vi foi A Liberdade é Azul, de Kristof Kieslowsky, o primeiro da trilogia sobre os princípios e cores da revolução francesa. É um filme chato pra burro, que nem a linda e maravilhosa Juliete Binoche salva. Ainda assim quero aproveitar essa semana para ver os outros dois filmes da série, que estão passando aqui num cine local.
terça-feira, fevereiro 04, 2003
Finalmente começo a retormar minha rotina. Trabalhar, pagar contas, ver filmes... Assim caminha a humanidade...
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