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Eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco sem parentes importantes e vindo do interior...
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segunda-feira, dezembro 30, 2002

Hoje me despeço do prédio em que trabalho desde setembro de 99. E do governo(que tá terminando) que trabalho desde julho de 99. E da sala em que trabalho desde março de 2000. Não vou me estender em choros ou coisas do tipo. Mas com todos os contras que possa ter o lugar e o trabalho, eu tou deprê pra caralho com a situação toda.

Ah, agora pra mim inserir alguma coisa aqui vai ser mais difícil, já que tou sem computador em casa também.


:: por Marcio | 10:01






Não fui ao cinema desde sexta à tarde. Milagre! Mas assisti três filmes em vídeo.

Uma Mente Brilhante, que é o último ganhador do Oscar, ainda não havia visto e achei bom, mesmo que seja um filme que omite coisas importantes da história do personagem, que é real. As duas coisas omitidas seriam que ele teria histórias de relações homossexuais e participação em movimentos anti-semitas. Curiosamente, quando essa discussão foi levantada, o sujeito admitiu, no ano passado, que tinha sido anti-semita, mas não homossexual. Apesar de distorcer a história do seu personagem na adaptação, o filme é bem dirigido, bem escrito e Russel Crowe tá muito bem na pele do matemático protagonista.

Revi o esquisito Cidade dos Sonhos, do David Linch. No cinema eu não havia entendido suficientemente. Agora consegui perceber melhor a loucura toda do filme. Mas ainda assim, não sei se dá pra falar que o filme é bom.

E assisti o filme que deu a Denzel Washington o Oscar do último ano como melhor ator, Dia de Treinamento. É um retrato interessante sobre a questão da corrupção policial, que é um problema endêmico nas polícias em todo o mundo. A história começa quando o bonitinho Ethan Hawke é escalado para trabalhar como parceiro com o persogem de Denzel durante um dia, no combate ao tráfico de drogas. A partir dai ele vai se confrontando com sua convicção de policial idealista, a partir das "lições" do seu parceiro, até se envolver rapidamente em suas tramas. O único problema é que sua meia hora final descamba pro grande problema de muitos filmes de ação bagaceiros, com os protagonistas pulando em telhados de edifício e coisas do tipo que costumam tirar um filme do campo "policial" para o de "ação" e, por conseguinte, dos filmes qualificados para os que podem ser apenas medianos. Se o filme se mantivesse em sua linha "psicológica" até o final seria um grande filme. Não é, mas ainda assim merece ser visto.


:: por Marcio | 09:54






Eu não aguento calor. O que está fazendo em Porto Alegre, com 35º na média é desumano.


:: por Marcio | 09:40




sexta-feira, dezembro 27, 2002



Ontem de tarde eu vi aquela que é considerada a melhor comédia da história do cinema. E Quanto Mais Quente, Melhor justifica o título, por que é um filme excelente. Conta com três feras à frente do elenco, que são Tony Curtis, Jack Lemmon e a linda Marilyn Monroe. O filme trata da história de dois músicos que se travestem para escaparem da perseguição da máfia, já que testemunharam uma chacina. Se infiltram numa banda apenas com mulheres e a partir daí acontece tudo que é situação possível. O filme é estremamente divertido, inteligente. É dirigido por Billy Wilder.

Eu fico feliz que tenham cinemas que passem clássicos, como a Casa de Cultura Mário Quintana faz. E fico ainda mais feliz em ver numa quinta de tarde cerca de cinquenta pessoas para ver um filme de 1959. Em tempos em que ser moderno infelizmente é ouvir Kelly Key, é bom que os clássicos tenham espaço e público. Assim ao menos a gente pode confrontar coisas de qualidade com o "moderno".

E eu também vi ontem, em vídeo, o bom Bicho de Sete Cabeças, filme nacional estrelado pelo Rodrigo Santoro, Othon Bastos e Cássia Kiss. O filme merece ser visto, mesmo que seja pesado pra cacete. É uma bela denúncia acerca do que acontece no sistema manicomial brasileiro, que empilha pessoas e não aposta na sua "cura", mas justamente em piorar ainda mais as pessoas, com maus tratos e drogas. A história é ainda mais pesada ao mostrar a falta de preparo dos pais pra tratar das questões da drogadição, já que colocar no manicômio um jovem porque fuma maconha é de uma falta de noção total. O pior é você saber que é uma história real.


:: por Marcio | 10:02




quinta-feira, dezembro 26, 2002



Assisti a dois filmes nesse "feriadão": Chegadas e Partidas e O Filho da Noiva.

O primeiro vi no sábado. Dirigido por Lasse Hallström, o mesmo de "Chocolate", é um filme sensível, sobre um homem um tanto abobalhado(Kevin Spacey, sempre muito bom) que, diante a morte trágica da fogosa mulher, aceita se mudar com a filha pequena para uma distante aldeia no Canadá(belíssimo cenário), onde sua família tem uma história trágica, que logo irá cruzar com sua vida novamente. É um filme sobre o valor da família, sobre mudanças, sobre repensar a vida pra melhor.

Das mesmas coisas, mesmo que de modo diferente, trata O Filho da Noiva, um filme argentino que é ainda melhor que Chegadas... O filme trata da história de um empresário às voltas com a administração do restaurante da família, da doença da mãe, que sofre de Alzheimer, dos devaneios românticos do pai, que quer casar com sua mãe, depois de 44 anos, além de administrar os conflitos com sua ex-mulher e com a atual namorada, que lhe exige mais do que ele acha que deve dar. Assim, o filme vai se desenvolvendo e fica muito bom. Tem diálogos inteligentes e nunca foge de ser engraçado, graças a um bom roteiro e bons atores. Tem momentos hilários, como quando ele está conversando com a ex-mulher sobre seu projeto de ir para o México e diz que quer levar a filha, para estudar lá. A ex-mulher sai com a pergunta: "Tá, e quem vai dar aula pra ela lá? O professor Girafales?" Nesse momento as risadas(inclusive a minha) eram estridentes no cinema. É um filme que merece destaque entre os que estão em cartaz aqui em Porto Alegre. É um dos melhores filmes que vi na temporada.


:: por Marcio | 10:14






Sexta passada resolvi sair na noite, depois de alguns meses sem ir pra uma boate. Fio ao Ocidente. Tenteio achar vários amigos e combinar, mas não deu pra sair com ninguém. Fui sozinho mesmo, como fazia há três anos, quando comecei a sair. E não deixa de ser divertido. Você fica observando os grupos e as pessoas, na sua. Eu só ando numa onda meio negativa que ninguém me olha com muita atenção, mas enfim...

Amanhã tem mais...


:: por Marcio | 09:51






Passei dias longe da net. Fui pra Pelotas visitar meus pais e passar o Natal com eles.

Aliás, é sempre curioso esse lance de Natal, porque é uma data cristã na última, mas todo mundo acaba se rendendo a esses ritos, mesmo que não seja, por obrigação. Eu não sou cristão e minha família apenas é, mas não pratica. No entanto o calendário impõe essa coisa do Natal de forma compulsória pras famílias. E dai lá vou eu... presentes, muita comida, etc, etc...

Já o reveillon eu curto, porque o calendário, por mais que seja cristão, não tem como fugir dele, de toda forma. Pra mim tem ainda algum significado.

Aliás, esse ano foi bom pra mim. Teve coisas mais negativas, mas em geral ele foi positivo, como acho que acabou sendo pra muita gente. Sei lá, acho que todo mundo entra com um pouco mais de otimismo no próximo ano, assim me parece. Desde já, desejo FELIZ 2003 pra todos.


:: por Marcio | 09:43




sexta-feira, dezembro 20, 2002

Depois que você já viu todos os filmes prioritários que estão passando na Praça, você começa a ver aqueles que não são prioridade. Já me decepcionei com o outro aquele da Nicole Kidman. Fui ver agora Houve uma vez dois verões, de Jorge Furtado.

Várias pessoas tinham me desaconselhado. Por isso demorei um pouco... O filme se passa entre Porto Alegre e as praias gaúchas. É um filme com um elenco que dialoga com o sofrível. E a história é boba. Mas não deixa de ser, ao menos, divertido. Uma história sobre adolescentes, sobre o processo de descoberta, essas coisas.

O mais legal é a coisa de você ver os cenários que você já viveu, como a "maior praia do mundo", a praia do Cassino, que o próprio filme diz que é também "a pior praia do mundo". A cena em que o protagonista viaja de ônibus(um latão ambulante) pela estrada da beira do mar também já vivenciei. É legal. Me diverti vendo. Mas não recomendo a quem não seja gaúcho ou goste do gauchismo mais explícito.


:: por Marcio | 15:00






E ontem eu terminei de ler As duas faces da glória, de Willian Waack. O livro é uma reportagem que mostra um outro aspecto da campanha brasileira na 2ª Guerra, que é a opinião do exército estadunidense(aliado ao Brasil) e do exército alemão(adversário do Brasil).

É uma reportagem interessante. Eu nunca li nada muito aprofundado sobre a campanha da FEB, mas existe a diferença entre a versão de que foi tudo uma grande glória e que a participação brasileira decidiu a guerra e outra que despreza totalmente a participação da FEB, dá a entender que os brasileiros não passavam de "bucha de canhão" estadunidense. Waack dialoga mais com a segunda hipótese, ao mostrar que o Brasil enfrentou tropas alemães totalmente desmotivadas, diante de uma derrota iminente de seu país na frente russa. E que os alemães da frente italiana estavam longe da imagem de ferozes nazistas, com tropas de uma média de idade beirando os quarenta anos.

Já sob o ponto de vista dos E.U.A., muitas críticas ao despreparo e à indisciplina dos brasileiros, a começar pelos generais, em avaliações destrutivas sobre a postura brasileira. O que fica claro é que a presença do Brasil na Guerra foi importante muito mais para estreitas as relações políticas entre os dois países e para uma boa jogada de marketing de Getúlio Vargas, que foi o maior marqueteiro da história do país, até no ato do seu suicídio. Getúlio, por mais que não goste dele, foi o homem do século passado no Brasil, sem dúvida. Cada movimento político dele era pensado de forma minuciosa e poucos foram errados ao longo da sua vida. Digo que a morte foi uma jogada porque ele estava prestes a ser deposto, estava sendo desmoralizado e seu campo político poderia perder a presidência na eleição seguinte. Com o suicídio, enfureceu seus partidários e sensibilizou o povo, adiando em 10 anos a tomada do poder pela direita, que só aconteceria com o golpe militar em 64. Golpe militar esse, por sinal, protagonizado por alguns veteranos da campanha da 2ª Guerra, não por acaso, mas pelo fato de que, depois da participação "conjunta" na campanha na frente italiana, o exército estadunidense passaria a dar muitas instruções ao brasileiro. A principal delas durante a preparação do Golpe de 64 e na manutenção do regime.


:: por Marcio | 09:19




quinta-feira, dezembro 19, 2002



Dia detestável!

Primeiro, você chega em casa e sua prima já está começando a receber as amigas para uma espécie de rave psicológica, pelo que entendi, já que se reunem um monte de meninas, conversam muito, vêem filmes, bebem, recebem os amigos por um tempo, mandam eles embora e continuam se analisando. Sério! Uma coisa impressionante!

Dai você tem que sair de casa. Está chovendo, mas você sai igual. Chove fraco. Você pega emprestado um guarda-chuva daqueles que não te guarda da chuva e, o que é pior, tem flores estampadas e todas as cores que poderia ter. Assim, você se molha e ainda paga o maior mico por onde andar. Quando você entra no ônibus, a chuva é fraca. Quando você desce, é uma tempestade. Você molha e suja seu tênis novo, recém comprado.

E o pior de tudo: vai assistir a um filme antes de uma pequena confraternização do teu deputado eleito. Dai o filme que você vai assistir se chama A Isca Perfeita e é um tremendo abacaxi. E quem lê esse blog sabe que eu sou tolerante com filmes, eu assisto muitos e gosto de todos. Mas esse filme, com Ben Chaplin e Nicole Kidman(que eu nunca gostei e agora detesto) não há cristão(nem ateu) que tolere. Se algum amigo seu disser pra você ir assistir esse filme, risque da lista dos amigos, o sujeito ou tá louco ou tá te tirando pra troxa! O John, personagem central, encomenda uma noiva russa pela internet(???). Ela chega e se desenvolve o início da "relação" deles. Ela não sabe falar inglês. Depois ainda traz duas visitas. Um lance muito louco. Dai vai, vai, até que se descobre que ela é uma falcatrua. Tem uma altura do filme em que ele pergunta pra ela: "Você deve estar achando que eu sou um grande otário, não é?"

Eu sai do cinema a fim de perguntar isso pra o senhor Jez Butterworth, diretor desse troço! Afinal... eu ali, ensopado, numa quinta-feira de tarde, merecia coisa melhor...



:: por Marcio | 23:55






Contrariando uma tendência dos últimos tempos, eu não assisti nenhum filme de ontem pra hoje... Em compensação, comprei mais alguns CD´s.
Numa promoção comprei em loja Falso Brilhante de Elis Regina, Perfil de Chico Buarque e Marginal de Cássia Eller. No Submarino comprei mais três: Dez de dezembro de Cássia Eller, Cantada de Adriana Calcanhoto e a Trilha Sonora do filme Threesome, que é maravilhosa.



Esse filme, por sinal, por mais que seja despretensioso, foi muito marcante pra mim. Vi ele num tempo em que ainda me perturbava muito com minha sexualidade. E poucas vezes vi um filme ser tão descolado, tão leve, tão "pra cima" na questão da sexualidade como esse, que trata de um triângulo amoroso super curioso, em que três universitários acabam se apaixonando um pelo outro: a menina é apaixonada por um cara que é apaixonado pelo outro cara que é apaixonado pela menina. Eu vi esse filme umas duas ou três vezes e curto pra caramba. Ele trata da questão com naturalidade. Ali você percebe o quanto você pode ser bicha, bi, hetero ou o que for sem stress com nada. O quanto a própria barreira do rótulo não existe. O rótulo é algo que os gueis incorporaram da sociedade e reproduzem, tendo sempre a necessidade de "serem" alguma coisa. Eu já tive um pouco isso. Hoje eu já não tenho mais certeza nenhuma ao me afirmar em relação à minha sexualidade, não por medo, não por dúvida, mas porque a gente não deve ter mesmo certeza. O bom é você ser um ser sexual, mais que homo ou hetero ou bissexual.

E esse filme tem uma trilha sonora que coleta diversos sons interessantes. Sempre quis comprar e nunca achei esse CD, a não ser agora, pela net.


:: por Marcio | 10:13




quarta-feira, dezembro 18, 2002



Eu tinha dito antes que tava fascinado pelo trabalho da Fernanda Porto. Pois ontem eu resolvi aproveitar uma promoção nas Lojas Americanas e comprei o CD dela por R$ 16. Vale a pena. É um trabalho muito parelho, daqueles CDs que você ouve inteiro, sem querer pular nenhuma música. E tem algumas faixas especialmente interessantes. Apenas Só Tinha que Ser com Você é do Tom Jobim e as demais são todas composições dela. De Costas Pro Mundo, que abre o disco, é a melhor faixa.


:: por Marcio | 09:52






Bah... ontem não vim trabalhar. Um dia sem "blogar" e sem olhar e-mail... que ânsia!
...
Ontem de tarde eu vi um filme muito louco pelo Canal Brasil: A Falecida, com Fernanda Montenegro, baseado numa história do sempre louco Nélson Rodrigues. O filme é de 1965 e Fernanda parece mais com a filha Fernanda Torres. Aliás, eu até hoje só tinha visto Fernanda Montenegro fazendo papel de velha... Bem curioso.
...
E segunda eu vi mesmo Cidade de Deus pela segunda vez. Trata-se de uma grande obra, sem sombra de dúvida. É um filme estupendo! Ver um filme pela segunda vez sempre tem coisas interessantes a serem descobertas. O mais incrível é que gostei ainda mais desse filme vendo pela segunda vez. Se percebe o quanto ele é bom em cada detalhe, desde a sua crua violência até momentos de poesia e musicalidade.


:: por Marcio | 09:44




segunda-feira, dezembro 16, 2002

A quem interessar possa(duvido), eu tou indo cortar o cabelo e ver novamente o marcante Cidade de Deus.

"Dadinho é o caralho
Meu nome agora é Zé Pequeno, pooorra!!!"


:: por Marcio | 15:30






E eu tou fascinado por Fernanda Porto, cantora que mistura MPB/bossa nova com "drameinbêiss" e cuja versão pra Tom Jobim, Só Tinha Que Ser Com Você tá tocando direto. Achei original o negócio, ela pegou um esquema bem pouco explorado, que é a batida eletrônica com letras em português. É até bem corajoso, porque o público de música eletrônica não é muito receptivo à língua pátria. É um trabalho bem original, ousado e de talento, inclusive...


:: por Marcio | 14:33






Uma raiva "meio caetano"

Tudo bem que até agora o ministério do Lula tá mesmo uma merda(eu gostei da indicação da Marina Silva, que ao menos é um símbolo bonito de luta, como o próprio Lula), mas precisava chamar o Gilberto Gil pra Ministro da Cultura?

Puxa, tem muitas pessoas da área cultural que estão desde 89 fazendo campanha pro Lula e construíndo o PT. Gil foi, junto com o Caetano, daqueles artistas que em 94 pularam pro galho tucano, em busca de poder, de proteção e patrocínios. Desfrutaram do tempo todo que podiam do Fernando Henrique e seu governo de merda e só entraram na campanha do Lula quando viram que era a vez dele. Aliás, o Caê nem entrou. Perguntado em junho sobre as eleições ele disse que achava o Lula e o Ciro legal, mas o Serra e o Garotinho também eram interessantes... Dai agora, ao invés de chamar alguém sério pra ser ministro da cultura, pinta o convite pra Gil assumir a parada.

Pior seria só se chamasse o Caetano. Ou não!


:: por Marcio | 14:24








O ator-diretor Sean Penn foi conhecer o Iraque e lidera um movimento de artistas e intelectuais que buscam discutir os motivos da guerra que o louco Bush prepara contra o Iraque. Diz que se suas mãos ficarem sujas de sangue, ele quer saber ao menos o porquê. Sean Penn é uma personalidade de outro nível em meio à média "hollywodianna"(seria assim mesmo que se escreve?). Um ato como esse, de visitar o Iraque em meio ao clima de tensão instalado e dar declarações pela paz é corajoso, num país em que você não achar normal e correto jogar bombas contra pobres é ser anti-patriota.

Diz que seria importante que os dois países cedessem na sua política para evitar um confronto que pode ser uma ameaça a milhares de vítimas(civis e militares). Diz que está fazendo isso "pelas gerações futuras".

São coisas assim que fazem você ser um Sean Penn e não uma Gisele Bundchën, não adianta...


:: por Marcio | 11:56






Vi ontem a final do Brasileiro e fiquei muito feliz com a vitória do Santos. Por ser um time de história ligada ao bom futebol, o Santos merecia sair da condição de time mediano, derrotado, que acumulava nos últimos 18 anos, desde a última vitória de um título expressivo. Além do que, eu sempre detestei o Corinthians, vou sempre "secar" o Corinthians, seja contra quem estiver jogando. Então...

Parabéns aos santistas. Será o meu time na Libertadores!


:: por Marcio | 09:04






Mesmo que tenha aparecido uma reclamação de que só falo de filmes atualmente, vou falar dos que assisti no final de semana:

Domingo Sangrento(Blody Sunday) narra do mesmo episódio que U2 já tinha tratado em sua música homônima, sobre o confronto do exército britânico com uma marcha que pretendia ser pacífica de manifestantes católicos, pró-direitos civis. O filme tem um tom de documentário e é tão bem montado e tão bem dirigido por Paul Greengrass que dá a nítida impressão de que você está vendo as cenas como ocorreram. Quem se interessa por política e história deve ver o filme.



Eu queria ver há muito tempo A Caminho de Kandahar, um filme que trata da história de uma afegã refugiada no Canadá que volta ao seu país em busca da irmã. Mostra um pouco as condições do país, devastado pelas sucessivas guerras e pelo regime de extremismo religioso do Talibã. O filme é estranho, termina sem que você consiga entender o porquê. Precisaria de pelo menos trinta minutos a mais, dai talvez se tornasse um bom filme. Mas é interessante sob este aspecto de tratar de um tema contemporâneo. Vale por você imaginar de que adianta jogar bombas sobre um povo já tão massacrado...



E vi também o último entre os filmes mais notáveis de Hitchcock que eu não havia visto ainda, por não ser muito fácil de encontrar em locadoras. Psicose é muito bom, mesmo que tenha algumas cenas meio "toscas". A atuação de Antony Perkins é algo de estupendo, como Norman Bates. E o filme tem a clássica cena em que a mulher é atacada a facadas no chuveiro, uma das sequencias mais famosas da história do cinema.

E por último vi um nacional chamado Veja Esta Canção, de Cacá Diegues, em que ele transformou em histórias músicas de quatro compositores brasileiros, sendo Chico Buarque, Caetano, Gil e Benjor. Uma das histórias, Você é Linda, vale o filme. As outras não conseguem dizer a que vieram, a meu ver.


:: por Marcio | 08:50




sexta-feira, dezembro 13, 2002



Todo mundo sabe que eu sou preconceituoso com o cinema feito nos EUA. Mas ontem fui ver Vida que Segue e gostei. O filme não é a melhor coisa do mundo, é uma filme mediano, singelo, mas toca a quem o vê, comove.

Jake Gyllenhaal faz o papel de um cara que mora com a noiva e está por casar com ela dentro de mais uns dias. Mora com ela e seus pais. Até que ela é assassinada dentro de um bar e a partir daí começa a história. Como Joe vai tocar a vida e como ele se relaciona com os pais da namorada, já que ele continua, até por falta de perspectiva melhor, morando e trabalhando com os pais(Dustin Hoffman e Susan Sarandon). A partir daí se desenvolve uma história "água-com-açucar" bem legalzinha, bem ao estilo seriado americano de onde o ator principal é egresso. Ele conhece uma menina e começa a ter um caso com ela. A partir daí, tem que administrar a relação com os "sogros".

O filme tem partes meio estranhas, como quando tenta fazer brincadeiras e dar um tom de comédia no próprio enterro da menina, o que achei particularmente estranho. Mas o filme se torna comovente em seu transcorrer e termina sendo muito bom, com um final que ensina sobre a vida, sobre as relações, trabalha muito bem a coisa da perda de pessoas próximas e como se toca a vida depois disso. Terminei achando muito legal. Ele só não é melhor que o trailer, que foi o que me fez vê-lo.

Ah, o protagonista é muito bonito!

Outra coisa: eu preciso de alguma forma resolver um problema que eu tenho de sempre sentir vontade de ir ao banheiro com pouco mais de quinze minutos de filme e passar o resto do tempo mal, meio desconcentrado, louco que o filme termine. Isso é um saco! Literalmente...


:: por Marcio | 11:26




quinta-feira, dezembro 12, 2002



A TV a Cabo tem valido a pena. Ontem assisti um belíssimo filme, chamado Adeus, Meninos, do conceituado diretor francês Loius Malle. O filme se passa no período da ocupação francesa pelos alemães durante a 2ª Guerra(um trauma histórico forte dos franceses, com razão), no ambiente dum colégio interno. Conta a história de Julien Quentin e sua turma. Julien é uma espécie de alter ego do diretor, contando através do filme um pouco da sua própria história e uma forte amizade que vai surgindo com um garoto judeu. O ambiente de tensão que vai se desenvolvendo com o avançar da história dá uma demonstração sutil dos horrores da guerra. Não há sangue, mas há perda, tristeza. É um belo filme, dos bons que já vi. Creio que é um filme que se acha em locadoras.

Não há como não fazer uma reflexão também sobre os horrores da situação Israel-Palestina, que transcorre hoje, onde os judeus, outrora massacrados pelo nazismo, acabam sendo hoje os opressores.


:: por Marcio | 08:42




quarta-feira, dezembro 11, 2002

Eu terminei de ler no final de semana um bom livro. Fazia tempos que eu não completava uma leitura. Trata-se de Tambores Silenciosos, de Josué Guimarães.

Josué é um autor gaúcho falecido na década de 80 que tinha o mesmo estilo de literatura do Érico Veríssimo, maior entre os escritores gaúchos. Josué era jornalista e tem bons romances sempre caracterizados por fundir momentos históricos verídicos e marcantes com personagens e situações fictícias.

O livro narra a história de uma cidade do interior, Lagoa Branca, em que o prefeito decide, na década de 30, proibir a circulação de jornais na cidade, cortando também todos os demais canais de comunicação da cidade com o resto do mundo. O objetivo era garantir a felicidade das pessoas, evitando o contato delas com noticias que não interessavam, eram tristes. A ditadura do prefeito vai, dia a dia, se ampliando. A correspondência é cortada, meninos flagrados ouvindo rádio são presos. Presos são mortos e assim a ditadura do prefeito vai se ampliando. É uma interessante reflexão sobre o funcionamento das ditaduras. Está presente na história ainda o movimento integralista brasileiro, que foi a expressão no Brasil do nazi-fascismo, através da liderança de Plínio Salgado. Uma bela leitura!

Agora comecei a ler um livro do Willian Wack(o substituto da Ana Paula no Jornal da Globo) sobre a participação dos brasileiros na 2ª Guerra Mundial.


:: por Marcio | 09:22








Alento?

Fui ver o filme Alento ontem de tarde. Pelas resenhas que tinha lido, eu entendia que ia rolas descobertas sexuais por parte do protagonista, coisas do tipo. Mas que nada, o filme decepciona até nisso.

A única coisa que achei curiosa é que David, o protagonista, mora com o tio na zona rural francesa. Na rotina que o filme ilustra, identifiquei um pouco os tempos em que eu ia muito pra fazenda da minha avó e passava dias ultra-entediantes vendo animais sendo mortos ou, o que a gente fazia muito, que era correr atrás de galinhas, chutar cachorros ou coisas do tipo. Essa consciência que a gente tem na cidade de preservar os animais de maus-tratos não dialoga muito com a realidade rural.

Mas voltando ao filme... Ele se passa todo em P&B. Eu gosto de filmes P&B, quando isso faz algum sentido na história ou em parte dela. Mas filmar assim um filme atualmente apenas por filmar, sei lá. A história é fraca, a fotografia não ajuda, direção de arte, porra nenhuma ajuda.

O protagonista, Pierre-Louis Bonnetblanc(sem camisa na foto) até é bom(sua nudez total também ajuda um pouco nesse conceito), mas o filme não consegue sair do regular pra ruim.

Eu que gosto de filmes franceses tou pra dizer que é um dos piores que já vi!


:: por Marcio | 09:09




segunda-feira, dezembro 09, 2002



Novamente na Casa de Cultura, vi sexta-feira Edifício Master de Eduardo Coutinho, considerado o melhor documentarista brasileiro.

O filme é uma compilação de entrevistas com os moradores do Edifício, situado em Copacabana. O prédio tem uma história de mais de cinquenta anos, já tendo sido considerado um verdadeiro "antro", hoje recuperado como "prédio de família", conforme define uma das primeiras depoentes. A partir daí, as histórias das pessoas, tanto no que envolve o prédio como no que não envolve, mostra uma reunião de grandes histórias de pessoas alegres, deprimidas, paranóicas. É interessante você perceber que, como em muitos prédios grandes, mora desde casais de velhinhos até prostitutas, em relativa harmonia. Gostei do filme, achei uma grande idéia. É simples, mas cumpre aquilo a que se propõe: faz pensar e diverte. Eu que sempre fui entusiasta dos filmes brasileiros devo confessar que estou muito satisfeito com o que esse ano nos permitiu ver como produções nacionais.

Pra quem ver(ou viu) o filme, a minha preferida foi a professora de inglês, completamente paranóica e chapada.


:: por Marcio | 08:36




sexta-feira, dezembro 06, 2002

Ontem vi uma cena inusitada na parada de ônibus, saindo do Supermercado. Um menino tava nervoso, me perguntou as horas. Logo depois chegou outro, se aproximou dele e começou a ameaça-lo, que nunca mais batesse no outro cara porque se não ele ia morrer. Esse que chega depois é um garotinho baixinho de olho claro, achei ele lindo, por sinal. Ele sai e volta depois de novo, chama o garoto de novo num canto e lhe desfere um soco daqueles de fazer barulho. E dai começam a brigar, com muitos chutes, muitos agarrões, camiseta rasgada, etc.

Não sei porque, mas tive a impressão que poderia ser falta de sexo essa necessidade de ficarem se agarrando. Pura sublimação!
...
Aliás, ainda sobre adolescência e repressão, deu a coincidência de eu ontem ter visto um filmes francês super interessante na Casa de Cultura Mário Quintana, chamado Faz de conta que eu não estou aqui. O filme narra a história de um garoto que mora num condomínio popular(tipo COHAB), com vários blocos. Seu maior entretenimento é vigiar a vida dos vizinhos de seu quarto, com um binóculo que ele pega do padrasto mau. Tem um verdadeiro mapa da vida dos vizinhos, manda cartas anônimas e vive isolado do mundo. No colégio, não se relaciona com ninguém, chega a correr das pessoas. Com a chegada de um novo casal ao bloco da frente, ele se envolve mais ainda, ao vigiar as atitudes pouco convencionais do casal, sempre fazendo uma festinha interessante com convidados, rolando suingue, surubas, dentre outros. Comeca a mandar cartas diariamente ao casal e seguir seus passos. A partir daí, ele acabará se encontrando com eles e isso servirá pra ele descobrir muita coisa da sua sexualidade, de como mudar, avançar na sua forma de vida.

É um filme mediano, nada mais que isso. Mas vale por esse aspecto de abordar descobertas, repressão sexual, esses temas.


:: por Marcio | 10:41




quarta-feira, dezembro 04, 2002

Fiz minha solicitação de matrícula na Unisinos na segunda-feira, já. Deixei como horários disponíveis apenas segundas e quartas à noite. As cadeiras que vou fazer, duas, serão Teoria Geral do Processo 1 e Direito Civil 3 - Obrigações. Ambas eu deveria ter feito no último semestre que estudei, 2001/1, mas a depressão que eu entrei na época me tirou do páreo, acabei deixando as duas matérias antes da prova final. O que é pior, no caso, é que Teoria Geral do Processo era apenas uma cadeira, agora, no novo currículo, virou duas. Teria, naquela época, concluido o correspondente às duas... Quem manda ratear?!

E ainda sobre estudo, eu ia me inscrever também no Unilinguas e fazer o francês, que eu adia há tempos, lá na Uni também. Mas encontrei o contato de uma escola de francês super conceituada que fica aqui no Bom Fim e cujo valor é menor que o da Unisinos. Assim, já tou decidido a matricular no semestre que vem e tocar finalmente um curso de idioma, do meu preferido. Quero chegar no final da faculdade sabendo fluentemente francês e arranhando em outro idioma, dai talvez o inglês, que no Direito vale pouco, mas como cultura geral é uma lingua importante, não tem jeito.


:: por Marcio | 09:07






Tem mais uma coisa que tá me deixando feliz da vida na casa nova: minha tia tem TV a Cabo. É um "gato", mas pega todos os canais, o melhor pacote da Net. Com isso já pude ver algumas coisas que só ouvia falar, tipo o seriado "Sex and the city", com a chatérrima Sarah Jessica Park. Não sou muito fã da fórmula seriados, mas sempre vejo Os Normais, que é uma espécie de seriado. Achei esse "Sex and the city" razoável, melhor que ficar vendo a maioria das merdas da TV aberta, tipo um Marcos Mion da vida.
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Depois de um tempo na África, a Ana Paula Padrão está de volta ao Jornal da Globo, pra minha alegria.


:: por Marcio | 08:59




segunda-feira, dezembro 02, 2002

E eu me mudei nesse final de semana. Sempre se constitui numa coisa pra lá de chata uma mudança. Ainda mais quando você sai de um apartamento em que morava só pra morar com a tia, a prima e o cachorro. Mas elas são legais, o apartamento é legal e o bairro então, melhor ainda. Auxiliadora é um bairro classe média interessantíssimo, vizinho a bairros classe alta, próximo do Parcão(foto da seção Perfil) e do Moinhos Shopping. Apesar da distância do centro, o que tira um pouco tua facilidade de deslocamento, é um bom lugar pra morar.


:: por Marcio | 08:45








Me dei ao direito de roubar lá do Maurice essa foto, do ator Felipe Marques, de Madame Satã, que realmente é interessantíssimo interpretando Renatinho, um caso de amor do personagem-título.


:: por Marcio | 08:40








E eu vi mais um filme que eu queria muito, Fale Com Ela.

É puro Almodóvar mesmo! Cruel, engraçado, dramático, polêmico. O filme trata da história de dois homens solitários que desenvolvem uma forte amizade depois de se conhecerem num hospital. Um delesé enfermeiro e cuida com exclusividade de Alicia, vegetativa há quatro anos. O outro está cuidando da namorada, ferida numa tourada, também em estado de coma. A partir daí se desenvolve a história, com a rapidez e dramaticidade das histórias do grande Almodóvar. Achei o filme muito bom, se constituíndo numa bela reflexão sobre a solidão que as pessoas vivem, de modo geral, nos dias de hoje.

É curiosa a ponta de Caetano Veloso e a presença na trilha de Tom Jobim e Elis Regina.

E é lamentável que não será indicado ao Oscar, já que a Espanha decidiu indicar outro filme. Porque era candidato forte.

Mas tem uma coisa que não gostei: o cinema. Ainda não tinha ido ao cinema do Moinhos Shopping e não será prioridade voltar lá. Pessoas falando o tempo todo, comendo pipoca(coisa proibida em qualquer lugar civilizado, mas que lá é vendido a R$ 6 o balde) e - pasmem! - celulares tocando durante o filme! Cazuza tinha razão: a burguesia fede! E também é mal educada!


:: por Marcio | 08:26